Cineasta conta própria vida e de irmã que se suicidou em documentário surpreendente

Elena queria ser atriz desde criança. Fazia vídeos caseiros dançando com a irmã e dirigia filminhos com a família. Fez teatro em São Paulo, mas queria mesmo ser estrela de cinema nos EUA.

“Elena”, o filme em que Petra Costa – a irmã – conta sua história, será exibido nesta sexta-feira (25), às 18h30, na sala Rubens Corrêa do Centro Cultural José Octávio Guizzo, dentro do projeto Cinema (d)e Horror.

Petra Costa, temia percorrer o mesmo caminho trágico da irmã, em vez disso, revisitou toda a trajetória de Elena e, no filme, traçou um paralelo com suas próprias escolhas de vida. O resultado é um dos mais belos (e dolorosos) documentários brasileiros dos últimos anos.

A confusão de identidade é levada com destreza pela diretora. E em determinados momentos, não se sabe se está vendo um drama ficcional pesado, um documentário sobre uma jovem cineasta em Nova York em busca da irmã ou um longa estrelado por uma frágil aspirante a atriz.

“Essa história do duplo foi proposital. Eu estava escrevendo uma ficção, quando sonhei com minha irmã. E, no fim, eu que morria”, conta Petra, que, estudou teatro e antropologia em Nova York – contra a vontade da mãe, que temia a repetição da história.

Quando decidiu filmar o documentário, em 2010, encontrou um vasto material em vídeo da irmã, mas precisou enfrentar o receio da família para contar a história. “Algumas pessoas acharam que era uma loucura me expor assim”, finaliza Petra.

O documentário Elena (82’/cor/35mm/DCP/Brasil/2012) será exibido dentro projeto Cinema (d)e Horror, uma parceria entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, excepcionalmente nesta sexta-feira (25), às 18h30, na sala Rubens Corrêa do Centro Cultural José Octávio Guizzo.

O Cinema (d)e Horror é um cineclube que funciona em Campo Grande(MS). Iniciou suas atividades em 2008 com uma equipe de acadêmicos do Mestrado em Estudos de Linguagens da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul que estudava a categoria “Horror” no plano da literatura e da cultura contemporânea.

O sucesso do projeto foi tanto que ultrapassou os muros da universidade e atualmente os componentes são de organizações e áreas diversas, muito diferente do grupo inicial que começou o Cinema (d)e Horror.

Serviço

Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3317-1795 ou no Centro Cultural José Octávio Guizzo, que fica localizado na Rua 26 de Agosto, 453, entre as ruas Calógeras e a 14 de Julho.

(Com informações da F. de São Paulo e da assessoria de imprensa da FCMS)