Casal é detido por agredir e torturar enteado de sete anos

O menino encontrado hoje contou que estava tentando fugir, porque era constantemente agredido por seus ‘padrinhos’.

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O menino encontrado hoje contou que estava tentando fugir, porque era constantemente agredido por seus ‘padrinhos’.

O padrasto, W. A. F. D. de 34 anos, e a sua mulher, A. M. foram presos nesta manhã de sexta-feira (1), para prestar esclarecimentos sobre maus tratos e torturas a um menino de sete anos de idade, que reside na rua Cândido Garcia de Lima, no Bairro Nova Lima, em Campo Grande.

A testemunha que denunciou o caso à Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e Adolescentes) contou que encontrou o garoto andando na rua, sendo que ele estava perambulando todo machucado, levando uma mochila com peças de roupas.

A senhora acolheu o menino, o alimentou e procurou a polícia para denunciar o caso. Em seguida, a polícia foi até o local e encontrou a criança cheia de hematomas e queimaduras generalizadas pelo corpo todo.

O menino contou que estava tentando fugir, porque era constantemente agredido por seus padrinhos. Mas no decorrer das investigações, de acordo com delegada responsável pelo caso, Regina Márcia de Brito, na verdade, o padrinho seria padrasto da criança, e a madrinha, a mulher de W.

O menino contou aos policiais, que muitas vezes, teve que dormir na casa do cachorro e que os “padrinhos” utilizavam colher quente para castigá-lo e até alicate na orelha. Com isso, a polícia foi até o trabalho de Washington, que fica em uma Metalúrgica na redondeza e o encaminhou para a delegacia.

Ele foi detido e contou que teve um relacionamento com a mãe da criança. Mas, em depoimento, ele informou que ambos tiveram um desentendimento, e a mãe foi embora para o Estado do Mato Grosso. Washington explicou que passou a cuidar da criança, tornando-se padrasto dele. Em seguida, começou a se relacionar com Angela.

Ela foi detida na residência no final da manhã, e no momento, está prestando depoimento. De acordo com a delegada Regina Márcia, as marcas de agressões na criança indicam que além do crime de maus tratos, incide também o de tortura.

A polícia prossegue com as investigações sobre o caso. O canil, onde a criança alega ter dormindo por várias vezes será periciado no período da tarde de hoje. Em depoimento, a mulher disse ainda que eles apenas estavam corrigindo o menino, já que este cometera furtos.

A mãe ainda não foi localizada. Já o pai, que estava preso na Máxima, coincidentemente foi solto hoje. Ele entrou em contato com a delegacia e disse que ficou sabendo do crime pela imprensa, sendo que iria pessoalmente para conversar e tentar a guarda do menino.

Já o menino, que está sob a custódia do Conselho Tutelar, foi para o hospital, já que reclamava de dores no estômago e também ao Imol (Instituto Médico Odontológico Legal), onde realizou exames. Os policiais também encontraram marcas antigas de lesões nas mãos, como se ele estivesse sido amarrado. O caso está sendo tratado como maus-tratos seguido de tortura.

Conteúdos relacionados