Boa notícia: pequenos empresários terão crédito com taxas mais ‘baratas’

Anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT), o novo pacote de incentivos para micro e pequenas empresas deve reduzir o preço de serviços e produtos em Mato Grosso do Sul. Divulgadas nesta quarta-feira (8), as medidas reduzem o juros para microcrédito já na próxima semana, e o Planalto deve ainda aumentar o teto para empresas aderirem ao Simples Nacional, hoje em R$ 1,8 milhão anual no estado.

“Toda medida de redução de encargos traz benefícios para a economia”, explicou Thales de Souza Campos, economista da Fecomércio/MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul). “Neste caso, como a redução dos juros é para pequenas empresas, o maior impacto deve ser no setor de serviços”, opinou.

Segundo Campos, com juros menores na hora de pegar dinheiro emprestado para investir, por exemplo, empresários podem acabar reduzindo os custos para o consumidor final, ou pelo menos deixando de aumentar os preços.

“Com certeza o impacto é positivo, em especial no serviços, mas no comércio também. Serviços como cabeleireiros e até o comércio varejista podem acabar baixando os preços”, avaliou o economista.
Os microempreendedores têm acesso a esse crédito por meio do Programa do Microempreendedor Individual.

Boa notícia

Para pequenos empresários de Campo Grande, a redução do juros foi bem recebida. “Claro que dá uma ajudada, quanto menos paga melhor né”, afirmou Elvis Barreiro Ferreira, 26 anos, dono de uma bicicletaria e investindo agora na abertura de uma conveniência, na região do bairro Coophasul.

“É muito difícil montar um negócio próprio, é muito trabalho, muito dinheiro e muita documentação, não é fácil”, desabafa Elvis, o que demonstra que há muito ainda a mudar na economia brasileira.

Simples

A presidente afirmou que o governo pretende ampliar os efeitos do Simples Nacional, que, segundo ela, “foi quase uma minirreforma tributária”.

Em MS, o teto para o simples nacional é de faturamento de R$ 1,8 milhão anual. Economistas avaliam que um bom índice para o estado seria entre R$ 2,5 milhões e R$ 3,6 milhões anuais.

“Se aumentasse esse teto do Simples ajudaria muito, é um sacrifício tremendo se manter nesse índice, para não perder os benefícios”, comentou Valter Sandim, 57 anos, dono de uma panificadora e confeitaria também na região do Coophasul.

Pelos números do governo federal, o Simples Nacional possibilitou um aumento de 2 milhões de pequenas e micro empresas, em 2007, para 4,4 milhões registradas na Fazenda neste ano graças à desoneração de impostos.