Black Sabbath focará no Brasil clássicos dos 4 primeiros álbuns

As trevas emergirão no Brasil esta semana. E não é exagero. Na noite de quarta-feira (9), o estacionamento da FIERGS (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), norte de Porto Alegre, será o antro de Lúcifer, que marchará ao lado de crianças demoníacas rumo à sepultura. Ele, Satanás, verá um mundo decadente, […]

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As trevas emergirão no Brasil esta semana. E não é exagero. Na noite de quarta-feira (9), o estacionamento da FIERGS (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), norte de Porto Alegre, será o antro de Lúcifer, que marchará ao lado de crianças demoníacas rumo à sepultura. Ele, Satanás, verá um mundo decadente, habitato por um homem de ferro sedento por vingança, que terminará rodeado de fadas sinistras que trajam botas e dançam com anões mitológicos.

O universo apocalíptico descrito acima, tão familiar ao fã do Black Sabbath, sairá das letras e músicas que Ozzy Osbourne (vocal), Tony Iommi (guitarra) e Geezer Butler (baixo) mostrarão aos brasileiros. É a primeira vez que a formação original —ou quase, já que o baterista Bill Ward pulou fora da turnê, dando lugar a Tommy Clufetos— se reúne no Brasil.

Com base no setlist abraçado pelo grupo inglês desde o início de agosto na “The Reunion Tour”, os brasileiros podem esperar um show curto e intenso, com cerca de 1h30min e 17 músicas (ou contos sombrios).

Como não poderia deixar de ser, o grosso do repertório está nos clássicos da fase Ozzy, sobretudo nos quatro primeiros discos, lançados entre 1970 e 1972: “Black Sabbath” (a faixa-título, “Behind the Wall of Sleep” e “N.”), “Paranoid” (“War Pigs”, “Fairies Wear Boots”, “Rat Salad”, “Iron Man” e a faixa-título), “Master of Reality” (“Into the Void” e “Children of the Grave”) e “Black Sabbath Vol 4” (“Under the Sun/Every Day Comes and Goes” e “Snowblind”).

Além de “Dirty Woman”, de “Technical Ecstasy”, de 1976, outras cinco faixas do álbum mais recente, “13”, lançado em junho —o primeiro com o vocalista desde 1978—, devem ser executadas, como “End of the Beginning” e “Age of Reason”.

Chama atenção a ausência de “Sabbath Bloody Sabbath” (1973), considerado por muitos fãs e críticos o melhor da carreira do grupo. O álbum, que mescla peso com alguns dos arranjos mais elaborados do Black Sabbath, conta com talvez o registro mais agudo e rasgado de Ozzy — hoje com 64 anos —, o que pode ter motivado a exclusão.

Outro dos trabalhos célebres da banda, “Sabotage” (1975), também não deve ser representado na apresentação.

O Black Sabbath já esteve duas vezes no Brasil: em 1992, com Ronnie James Dio nos vocais, e em 1994, com Tony Martin. Em 2009, retornou ao país sob o nome Heaven & Hell, projeto voltado à fase do finado Dio.

Os pioneiros do heavy metal tocam em Porto Alegre (9), São Paulo (11), Rio de Janeiro (13) e Belo Horizonte (15).

A turnê mundial teve início em 21 de abril, na Nova Zelândia, de onde seguiu para Austrália e Japão. Entre julho e setembro, a banda percorreu os Estados Unidos e o Canadá.

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