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Banco do Brasil tem lucro abaixo do esperado no 1o tri

O Banco do Brasil teve resultado abaixo do esperado pelo mercado no primeiro trimestre, afetado por queda de receitas, o que minimizou o forte crescimento da carteira de crédito e queda nas provisões para perdas com calotes. O maior banco da América Latina teve lucro líquido recorrente de 2,685 bilhões de reais no período, um […]
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O Banco do Brasil teve resultado abaixo do esperado pelo mercado no primeiro trimestre, afetado por queda de receitas, o que minimizou o forte crescimento da carteira de crédito e queda nas provisões para perdas com calotes.

O maior banco da América Latina teve lucro líquido recorrente de 2,685 bilhões de reais no período, um recuo de 0,7 por cento na comparação anual e abaixo da média de previsões de cinco analistas apurada pela Reuters, que estimava um resultado ajustado de 2,77 bilhões de reais.

Os resultados reforçaram visão entre investidores de que o banco está sacrificando lucro para ganhar participação de mercado diante de pressão do governo federal, seu controlador. As receitas com juros caíram acentuadamente na base sequencial e o retorno sobre patrimônio recuou ao menor nível em pelo menos quatro anos, em meio a uma expansão da carteira de crédito no ritmo mais rápido em quase três anos.

As ações do banco recuavam 0,4 por cento na Bovespa, às 13h05, em meio a preocupações de que a queda na inadimplência do primeiro trimestre possa ser revertida em meio ao agressivo crescimento nos financiamentos do BB. No mesmo instante, o Ibovespa subia 0,83 por cento.

As provisões para perdas com crédito caíram 8,3 por cento ante o primeiro trimestre de 2012, após o índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias ter recuado para 2 por cento, menor nível em quase dois anos.

“Os resultados mostraram claramente que a lucratividade no quarto trimestre de 2012 está longe de ser sustentável”, disseram analistas do Credit Suisse em relatório a clientes. “O risco para o lucro continua alto, dada a expectativa de aumento nas provisões nos próximos trimestres”, acrescentaram.

O BB encerrou o primeiro trimestre com um crescimento da carteira de crédito de 25,7 por cento no Brasil, num ritmo acima das estimativas da instituição, de expansão entre 16 e 20 por cento para o acumulado em 2013. A expansão também foi a mais forte desde o segundo trimestre de 2010.

O vice-presidente da área de varejo do BB, Alexandre Abreu, afirmou que a instituição não tem intenção de revisar sua previsão para a expansão da carteira de crédito neste ano.

A carteira de crédito no Brasil somava 547,29 bilhões de reais no fim de março, ficando acima da expectativa média de analistas, de 545,1 bilhões de reais. Incluindo operações no exterior, a carteira do BB chegou a 592,7 bilhões de reais.

O vice-presidente financeiro Ivan Monteiro, tentando conter temores de que o ritmo acelerado da carteira coloque o banco em risco no futuro, disse que o foco em financiamento imobiliário, empréstimos consignados, créditos para veículos e securitizados podem conter essa ameaça. Alguns destes segmentos são considerados mais seguros que empréstimos a pequenas empresas.

RETORNO

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio ajustada (ROE) do BB, um indicador da lucratividade dos banco, caiu de 19,7 por cento para 17,4 por cento no ano a ano. No quarto trimestre, a rentabilidade do BB fora de 21,2 por cento.

Para proteger o ROE do impacto da queda dos juros, o banco vai continuar a controlar despesas, disse Monteiro, acrescentando que “ainda é muito cedo” para revisar estimativas para o ano sobre despesas gerais e administrativas.

“Os resultados do banco não tiveram tendência comum, com fracas margens minimizando uma expressiva performance em qualidade de ativos e sólido controle de despesas”, disse Carlos Macedo, analista do setor bancário do Goldman Sachs.

Monteiro afirmou que nos próximos trimestres os resultados do BB poderão ser impulsionados pelo Banco Votorantim, que deverá voltar a ter lucro a partir do terceiro trimestre. O BB tem 49,9 por cento de participação no Votorantim e está atualmente negociando para aumentar a fatia.

Sete trimestres de prejuízos do Votorantim, banco mais voltado ao financiamento de veículos, pressionaram o lucro do BB, levando a uma injeção de capital de 2 bilhões de reais no ano passado.

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