Atores falam da experiência de filmar cenas com militares
Não é só de diálogos no conforto do ar-condicionado do estúdio e de cenas à beira-mar que vive o elenco de “Flor do Caribe”. A partir de quinta-feira, 09, o núcleo de pilotos da Aeronáutica da trama das 6 será visto escalando paredes, desbravando a mata de madrugada e distribuindo golpes nas cenas do resgate […]
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Não é só de diálogos no conforto do ar-condicionado do estúdio e de cenas à beira-mar que vive o elenco de “Flor do Caribe”. A partir de quinta-feira, 09, o núcleo de pilotos da Aeronáutica da trama das 6 será visto escalando paredes, desbravando a mata de madrugada e distribuindo golpes nas cenas do resgate de Cassiano (Henri Castelli), sequestrado pelo vilão Dom Rafael, papel de César Troncoso.
“Saí cheia de (hematomas) roxos, ajoelhei no chão para dar umas chaves de braço”, contou à reportagem Thaíssa Carvalho, intérprete da piloto Isabel. Na história, os amigos do protagonista saem em missão não oficial para buscá-lo em um masmorra caribenha em clima de filme de ação. Vestidos com um figurino inspirado nos soldados do Batalhão de Operações Especiais (Bope), os atores foram treinados por um profissional da corporação. “Era uma missão clandestina, não autorizada, mas eles deveriam ter comportamento tático para dar verossimilhança e queriam que eu orientasse”, explica o major do Bope Ivan Blaz.
Repletas de efeitos especiais, as cenas foram rodadas em diferentes locações, como a fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, uma pista de pouso em Maricá, ambas cidades fluminenses, e também na mata do Projac, onde ficam os estúdios de novelas da Globo. “Foi com emoção, pois havia uma cobra na gravação”, revela Thaíssa. “A cobra era pequena, quase uma minhoca. Ela exagerou”, brinca o diretor Leonardo Nogueira, que comandou o elenco em cenas noturnas. “Em vários dias, a gente inverteu nosso fuso horário. As cenas exigiram muito da gente física e tecnicamente. Felizmente, ninguém se machucou. A história precisa de verdade. O que a gente faz todo dia é atuar, mas há o desafio de passar credibilidade”, filosofa Dudu Azevedo, que dá vida ao piloto Amadeu, que contracenou com Ciro (Max Fercondini) e Rodrigo (Thiago Martins).
Em um encontro com profissionais do Bope, o elenco recebeu lições de estratégia de resgate e de como segurar uma arma em uma ações tensas. “Eles nos fizeram pensar, jogaram questões de lógica para justificar as técnicas. O autor (Walther Negrão) escreve tudo de maneira mais lúdica e colorida. O Bope puxou isso tudo para o real. Algumas coisas do roteiro não procediam”, descreve Dudu.
NO QUARTEL
Não é só em “Flor do Caribe” que os atores ficam em contato com soldados. Para gravar os clipes exibidos há duas semanas em “Salve Jorge”, Sidney Sampaio, que encarna o oficial da cavalaria Ciro, foi ao Centro de Instrução de Blindados em Santa Maria (RS). Lá, ele entrou em tanques e participou de simulações de ataques. “Um barato esse curso. Capitão, é tudo muito real. É incrível. Nada se compara à adrenalina de quando você dá um tiro real”, dizia o personagem em conversa com Théo (Rodrigo Lombardi).
Apesar das dezenas de imagens do treinamento militar e dos equipamentos do Exército, a autora Gloria Perez garante que o objetivo não é promover as Forças Armadas. “A intenção não é fazer propaganda da instituição. Meu foco são os feitos do protagonista, que se resumem às suas vitórias no hipismo. As coisas que apareceram naquele clipe, eu não cheguei a ver, a conhecer. O diretor, sim. E achou que eram visualmente interessantes para a novela. Ele me disse que teria condições de mandar um ator para aparecer dirigindo um blindado, que é a cavalaria moderna.”
Segundo ela, o protagonista ser um oficial da cavalaria nasceu do entusiasmo pela retomada do Morro do Alemão. “Então, imaginei uma história de amor entre um daqueles oficiais e uma moradora de lá. Escolhi a cavalaria porque tem um visual mais bonito, e me dava a ponte para fazer do protagonista um campeão de hipismo ”
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