Assentados protestam por melhorias e fecham BR-163 por tempo indeterminado

Cerca de 150 pessoas fecharam a pista e mais de 150 são esperados no local. Ao todo, moradores de sete assentamentos reivindicam melhorias e denunciam que nem água potável têm para beber

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Cerca de 150 pessoas fecharam a pista e mais de 150 são esperados no local. Ao todo, moradores de sete assentamentos reivindicam melhorias e denunciam que nem água potável têm para beber

Cerca de 150 pessoas estão fechando os dois lados da BR-163 entre Bandeirantes e São Gabriel do Oeste. Eles são moradores dos assentamentos Matão, Patativa do Assaré, Nova Alvorada, Agripinga, Agroban, Nova Esperança e Itaqui e reivindicam melhorias como água potável, estradas, casas e recursos para investir na terra.

Mais ônibus trazendo cerca de outras 150 pessoas estão sendo aguardados no local. Polícia Rodoviária Federal já foi avisada pelos membros do Movimento Sem Terra e acompanham o fechamento da pista, que, segundo os assentados, permanecerá durante todo o dia.

“No assentamento Matão, onde eu moro, tomamos água de uma lagoa e tem muita gente doente. Recebemos a terra, mas não recebemos condições de sobrevivência”, contou Oduvaldo Alves da Silva, assentado há dois anos.

Segundo o assentado, os moradores também não tem luz elétrica e acesso a créditos agropecuários para investir na plantação e sobreviver da venda dos produtos.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-MS), responsável pela distribuição de terras pela reforma agrária no país, informou que o ouvidor agrário local, Sidney Ferreira, conversou com os manifestantes do Mãtão e Patativa do Assaré, dos quais o instituto é responsável e informou que providências só serão tomadas após a liberação da pista.

O Incra-MS se colocou à disposição de conversar em um reunião com os representantes, na sede em Campo Grande, mesmo uma longa reunião já ter ocorrido na semana passada entre a presidenta nacional substituta do Incra, Erika Galvani e os líderes de todos os assentamentos.

Os manifestantes desta segunda-feira (22) afirmaram ao ouvidor que não estavam sabendo desta reunião e por isso a iniciativa de um novo bloqueio hoje.

Os outros assentamentos citados na matéria são de responsabilidade do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer). A assessoria de imprensa não foi encontrada para comentar o fato, mas o contato continua sendo tentado. (Matéria alterada às 11h26 para acréscimo de informações)

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