Após morte de bebê de quase 2 meses, mãe é presa em flagrante

Delegada disse que mulher, de 25 anos, deve ser indiciada por homicídio doloso – quando há intenção de matar

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Delegada disse que mulher, de 25 anos, deve ser indiciada por homicídio doloso – quando há intenção de matar

Gabriela Pereira de Souza, de 25 anos, foi presa em flagrante, ontem (10), como a principal suspeita de causar a morte da própria filha, Izadora de Souza, de um mês e 20 dias. A mulher está detida na Depac Piratininga (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).

De acordo com informações da Polícia Civil, Gabriela teria ido à casa de uma amiga, no bairro Guanandi, onde bebeu e fumou durante toda a noite de sábado (9) e madrugada de domingo. Ela só teria percebido a morte da criança por volta das 8 horas dem ontem.

A polícia foi acionada por volta das 8h20, após uma equipe do Corpo de Bombeiros ir ao local e constatar a morte do bebê.

De acordo com o relato de Gabriela, a criança nasceu prematura e sofria de pneumonia. Há cerca de duas semanas, ela foi liberada do hospital onde estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

A delegada Franciele Candotti Santana afirmou que, através do depoimento da jovem, constatou que a morte foi provocada pela própria mãe. “Toda situação a que a criança foi exposta provocou a morte dela, sem dúvidas”, afirmou.

A mãe da criança disse à policia que por volta da 1h30 de domingo deu de mamar para a filha e esta teria sido a última vez que ela a viu com vida.

Há alguns dias, a jovem foi para a casa da namorada e levou a menina e seu outro filho de 5 anos. Na tarde de sábado, Gabriela foi para a casa de uma amiga, que mora no bairro Guanandi. Durante todo o tempo que permaneceu no local – 16h30 de sábado até às 8h do dia seguinte – ela e os filhos permaneceram no quarto da amiga, com a porta fechada e uma janela aberta.

A causa da morte de Izadora está sendo investigada e, conforme a delegada, havia sinais de que ela pudesse ter morrido asfixiada. A polícia apreendeu, na cozinha da residência, quatro garrafas de cerveja “litrão”, três litros de vodka e oito latinhas de cerveja. Na lateral da casa, havia aproximadamente 40 garrafas de vodka, que não foram apreendidas. Gabriela, que não tinha passagem pela polícia, deve ser indiciada por homicídio doloso, por dolo eventual – quando a pessoa assume o risco de matar.

O outro filho da jovem, que estava bem, foi entregue ontem para a avó materna.

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