Após acordo com sindicalistas, Câmara adia votação de comissão processante

Sindicalistas prometeram conversa com Bernal para pedir trégua, mas Câmara pode reabrir votação se não concordar com as propostas para fazer a prefeitura funcionar

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Sindicalistas prometeram conversa com Bernal para pedir trégua, mas Câmara pode reabrir votação se não concordar com as propostas para fazer a prefeitura funcionar

A votação de abertura de comissão processante contra o prefeito Alcides Bernal (PP) foi adiada novamente, até a próxima terça-feira (15). A decisão foi tomada após reunião entre sindicalistas da Frente Popular de Defesa à Democracia, o presidente da Câmara, Mário César (PMDB), e os vereadores Edil Albuquerque (PMDB), Paulo Pedra (PDT), Ayrton Saraiva (DEM), Alex do PT e Paulo Siufi (PMDB).

A Frente Popular de Defesa à Democracia é formada por membros da Fetems (Federação dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul) e do Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM). Na reunião ficou decidido que a votação não acontecerá até terça-feira que vem (15). Mário César concordou em religar o ar condicionado para os manifestantes, que prometeram ir embora até às 14h.  

“Ninguém aguenta mais isso. Não temos mais saúde física e nem mental. Todos perdem com isso. Não conseguimos ir para frente aqui na Câmara e nem o prefeito na gestão dele”, declarou Mário César, referindo-se à invasão, gritaria e confusão ocorrida hoje (8) na Câmara.

Abílio Borges, presidente do MNLM, que apareceu em propaganda eleitoral durante a campanha de Bernal, disse que concordou com a condição da Câmara de tentar marcar reunião com o prefeito ainda hoje. A intenção é pedir a Bernal uma relação amigável com a Câmara, dando andamento a demandas dos vereadores, que refletem a necessidade da população. 

Mário César ressaltou que a “ponte” entre Câmara e Prefeitura não pode ser desconstruída e declarou que a Câmara dá mais uma demonstração de maturidade e responsabilidade nos atos. “Estamos desmistificando as acusações de que estariamos querendo dar um golpe”.

O presidente da Câmara cobrou do prefeito que após encontro com os sindicalistas, garanta o funcionamento da prefeitura como um todo. “Até hoje a Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Agronegócio) e o Codecon (Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico) não geraram nenhum emprego”, criticou.

Mário César também exigiu conhecimento sobre licitações de merendas, kits escolares e andamento de programas habitacionais e sociais. “Caso ele não resolva, essa resposta não venha com o tempo, vamos dar continuidade à comissão”, finalizou o presidente da Câmara, ressaltando que está atendendo a população campo-grandense e não o prefeito.

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