Após 4 tentativas, secretária desiste de estipular prazo para inaugurar PAM do Regional

Após quatro tentativas frustradas de entrega, a secretária de Estado de Saúde, Beatriz Figueiredo Dobashi, desistiu de estipular um novo prazo para inaugurar o novo PAM (Pronto Atendimento Médico) do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian. A obra do complexo – edificação de 2.600 metros quadrados de área construída com 90 leitos – foi anunciada […]

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Após quatro tentativas frustradas de entrega, a secretária de Estado de Saúde, Beatriz Figueiredo Dobashi, desistiu de estipular um novo prazo para inaugurar o novo PAM (Pronto Atendimento Médico) do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian. A obra do complexo – edificação de 2.600 metros quadrados de área construída com 90 leitos – foi anunciada em 2008. Desde então, o Governo não consegue concluir a obra.

“Nós estamos dependendo do empreiteiro. Nós temos que esperar ele terminar a obra para nós entregarmos. Não temos prazo. Nós estamos trabalhando com final de junho, mas a gente não pode dar certeza porque já demos tantas datas e não conseguimos”, reconhece Dobashi.

O imprevisto no canteiro de obras também foi citado pela secretária como um entrave na conclusão dos serviços. Ela conta que, além de uma obra de reforma, os trabalhos são de ampliação. “Obras assim sempre tem muita surpresa, você começa a mexer em algum lugar e começa a fazer coisas que não estavam planejadas”, opina.

Já o governador André Puccinelli (PMDB) trabalha com a teoria sobre a demora na entrega das obras. “A reforma do PAM demora porque a grana é só nossa. Nesse período, desde 2008, foram gastos R$ 20 milhões em reformas e ampliações e R$ 10 milhões em equipamentos em todo o Plano Diretor de Obras do Hospital”, explica.

Segundo o diretor-presidente do Hospital Regional, Ronaldo Queiroz, desses R$ 30 milhões, só o PAM consumiu R$ 10 milhões – R$ 6 milhões em estrutura física e R$ 4 milhões em equipamentos.

O restante foi investido nas outras obras do plano: a UCO (Unidade Coronariana); o Banco de Leite Humano; o Complexo Materno Infantil (UTI Neonatal, Centro Obstétrico, Unidade Intermediária, Método Canguru); o Complexo de Terapia Intensiva de Adultos; a nova Lavanderia; e o novo Vestiário para os funcionários.

Puccinelli deixou claro que todo o investimento no Hospital Regional vem do Governo do Estado. Segundo o governador, a União repassa apenas R$ 3.840.000,00 para o HR, que é o teto máximo para serviços prestados. A contrapartida do Estado chega aos R$ 9 milhões mensais. “Está desproporcional”, reclama, emendando que “se vier um pouco do dinheiro do Governo Federal será bem vindo”.

Conforme explicações do diretor-presidente do hospital, a obra do PAM está em processo final de acabamento. “Isso é prioridade para nós. Estamos em 2013 e temos um volume de obras muito grande que deve chegar ao fim”, afirma Ronaldo sobre os dois anos e meio que o hospital vem fazendo contingenciamentos para dar conta da demanda de pacientes.

“Será o maior PAM do Centro-Oeste com 90 leitos. Sobre o prazo, nós esperando que termine no final de junho, mas não cabe a nós. Fizemos nossa parte, convocar pessoal, e deixar os equipamentos prontos. A nossa ideia é que, se tudo der certo, em agosto estejamos atendendo os pacientes”, acredita.

Ao todo, 80 profissionais foram convocados em concurso público para atender no novo PAM: 50 técnicos de enfermagem; 12 enfermeiros; 5 farmacêuticos bioquímicos; 4 farmacêuticos químicos; e 12 fisioterapeutas.

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