Aos 77 anos aposentada prefere caminhar a utilizar transporte público em Campo Grande

Para muitos andar algumas quadras ou quilômetros é uma tortura, mas para a aposentada Vitorina Leal da Silva, de 77 anos, isso se tornou uma rotina do seu cotidiano. Ela conta que adquiriu o hábito de andar longas distâncias desde os seus seis anos, quando ainda morava em fazenda no estado de Minas Gerais, e […]

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Para muitos andar algumas quadras ou quilômetros é uma tortura, mas para a aposentada Vitorina Leal da Silva, de 77 anos, isso se tornou uma rotina do seu cotidiano.

Ela conta que adquiriu o hábito de andar longas distâncias desde os seus seis anos, quando ainda morava em fazenda no estado de Minas Gerais, e de lá para cá esse costume a acompanha. “Meu pai fazia a gente andar vários quilômetros para fazer algo para ele e assim eu cresci e me acostumei a andar a pé aonde preciso ir”, afirma.

Mãe de 12 filhos a aposentada garante que não desistiu de ir aos lugares a pé e mesmo com as crianças isso não mudou. A aposentada relata que sempre incentivou seus filhos a não depender de ônibus, pois além de demorado a pessoa acaba ficando preguiçosa. “Sempre gostei de andar, além de fazer bem à saúde é um bom remédio para o estresse”, relata.

Vitorina alega que desistiu do transporte público pela demora e a precariedade do serviço. Durante muitos anos trabalhou com vendas de porta em porta, então precisava ir a muitos bairros atender suas clientes e como demorava muito para o ônibus passar ia caminhando mesmo. “Até hoje saio para vender meus produtos e ainda vou a pé”, conclui.

A aposentada relata que mesmo com direito de gratuidade no transporte público, mesmo assim, prefere ir aos lugares caminhando. Ela, que atualmente mora com uma filha, não deixa de ir ao centro da cidade para resolver seus assuntos nos bancos e lojas.

Moradora há 30 anos no bairro Cohab, região sul da cidade, ela não deixa de visitar pelo menos umas quatro vezes por semana seus filhos no bairro Aero Rancho. Ela conta que demora cerca de 2 horas até chegar à casa dos filhos, mas enquanto caminha aprecia a paisagem campo-grandense.

Vitorina descreve que acompanhou de perto o desenvolvimento e o progresso de Campo Grande. Segundo ela tudo está guardado em sua memória e isso só foi possível porque caminhava pelas ruas tranquilas da cidade morena e observa os locais pelo qual passava. “A cidade mudou e eu acompanhei essa mudança, hoje o que você vê são pessoas apressadas e muito movimento de carros, antigamente era tudo tão calmo”, relembra a aposentada.

Para a aposentada o melhor remédio para ter uma ótima saúde é fazer alguma atividade física. Ela garante que a dela está excelente e tudo graças aos vários anos de caminhada que faz todos os dias.

Ela também explica que os jovens de hoje estão com sérios problemas de saúde porque não se exercitam mais e comem alimentos que são prejudiciais. “Eu aconselho meus filhos a caminhar, a praticar alguma atividade física para melhorar a qualidade de vida, hoje a juventude não faz nada e ainda tem uma má alimentação”, conclui.

Nos últimos dias que a aposentada não tem andado tanto por causa de um machucado em seu pé, mas mesmo assim ela garante que anda pelas redondezas do bairro e quando sarar ela volta com suas longas caminhadas pela cidade.

O conselho que ela deixa para todos é praticar algum esporte para ter uma qualidade de vida melhor, pois a modernidade trouxe muitos benefícios, mas também acarreta muitos problemas, entre eles uma saúde mais frágil. “Se eu tiver parada eu sinto muito canseira, mas quando caminho e volto para casa me sinto muito bem e deito e durmo tranquila”, conclui Vitorina.

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