Antonio Banderas e Rodrigo Santoro interpretarão mineiros chilenos

Antonio Banderas vai viver no cinema um dos 33 mineiros chilenos que ficaram presos no subsolo por mais de dois meses em 2010, e o carismático sobrevivente que ele interpreta não poderia ficar mais feliz com a escolha. Mike Medavoy, produtor de “Os 33”, anunciou no domingo, no Festival de Cannes, que Banderas ficou com […]

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Antonio Banderas vai viver no cinema um dos 33 mineiros chilenos que ficaram presos no subsolo por mais de dois meses em 2010, e o carismático sobrevivente que ele interpreta não poderia ficar mais feliz com a escolha. Mike Medavoy, produtor de “Os 33”, anunciou no domingo, no Festival de Cannes, que Banderas ficou com o papel de Mario Sepulveda, conhecido como “Super Mario”. Dirigido pela cineasta mexicana Patricia Riggen, o filme também traz no elenco o americano Martin Sheen e o brasileiro Rodrigo Santoro.

Sepulveda disse à Associated Press, ontem, que está empolgado com a notícia, pois é fã do ator espanhol e espera que o filme lembre às pessoas que a vida é o bem mais precioso. “Estou bem animado e ansioso. Todos meus colegas estão esperando por essa grande produção”, disse Sepulveda. “Banderas é muito carismático. Gosto muito dele e acho que esse filme vai torna-lo ainda mais famoso do que já é.”

Segundo ele, mesmo em meio ao desespero durante o acidente, “paz, amor, solidariedade e senso de equipe” foram compartilhados pelos mineiros. “Depois daqueles 69 dias, nós sabemos que não há nada mais importante que estar vivo e saudável e curtir as pessoas que amamos.”

Os mineiros disseram que, quando o desmoronamento ocorreu, no dia 5/8, enchendo os túneis da mina com uma poeira sufocante, a sensação foi parecida com a de um terremoto. Horas se passaram até que eles pudessem ao menos começar a enxergar algo que estivesse a alguns passos de distância.

Por mais de duas semanas, as pessoas na superfície não sabiam que eles tinham sobrevivido ao acidente. Durante 17 dias, os 33 homens se alimentaram apenas com pequenas porções de atum e goles de leite, até que foram descobertos. A partir daí, um pequeno poço permitiu que recebessem comida e água, enquanto equipes de resgate tentavam abrir uma passagem para tirá-los de lá. Milhões de pessoas em todo o mundo acompanharam o drama dos mineiros chilenos por meio de jornais e programas de televisão.

Finalmente, no dia 13/10, eles foram retirados, um a um, por meio de uma gaiola. Recebidos como heróis, foram levados às ilhas gregas, conheceram o estádio do Real Madrid, na Espanha, e participaram de uma parada no Magic Kingdom, na Disney.

A fantasia, porém, começou a ruir quando voltaram para casa. Muitos se viram sem dinheiro e alguns passaram a apresentar problemas psicológicos e de saúde, enquanto outros recorreram ao uso de álcool e drogas. Muitos ainda passam as noites acordados devido às lembranças da provação pela qual passaram.

“Sou grato pelas coisas da vida”, disse Sepulveda, um eletricista que hoje ganha a vida dando palestras motivacionais. “Algumas são boas, outras são ruins, mas Deus nos deu mais uma chance… A porta que se abriu para nós é imensa.”

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