ANP: nova rodada tem foco na descentralização da atividade petrolífera no país
Ao optar pela licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural em regiões situadas na margem equatorial do país e em campos maduros terrestres no Norte e no Nordeste do Brasil, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) buscou “a descentralização geográfica da atividade exploratória”, além de intensificar […]
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Ao optar pela licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural em regiões situadas na margem equatorial do país e em campos maduros terrestres no Norte e no Nordeste do Brasil, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) buscou “a descentralização geográfica da atividade exploratória”, além de intensificar a inserção das pequenas e médias empresas na indústria brasileira do petróleo e gás natural.
A informação foi dada pelo diretor da ANP Helder Queiroz. Segundo ele, a atividade exploratória no país sempre priorizou a busca de óleo e gás na Região Sudeste, especialmente nas bacias de Campos, Santos e do Espírito Santo – onde estão concentrados mais de 90% do petróleo e gás natural produzidos atualmente no país.
Segundo Queiroz, a expectativa da ANP é que a rodada de leilões seja um sucesso do ponto de vista da venda de áreas e da diversificação de operadoras. “As perspectivas são bastantes otimistas até porque há já algum tempo não se faz leilão no país e as empresas de petróleo vivem de um bom portfólio de áreas exploratórios para dar sustentação aos seus negócios. Com essa interrupção das licitações no país, aumentou o interesse e o apetite por esta nova rodada.”
Para ele, a necessidade de descentralizar regionalmente a atividade levou à opção da agência reguladora pelas regiões Norte e Nordeste. “A maioria dos 289 blocos que serão ofertados nesta rodada estão nessas duas regiões, beneficiando estados como o Amapá, o Pará, o Maranhão, o Piauí, o Ceará, o Rio Grande do Norte e Pernambuco, além das bacias maduras e já conhecidas em terra como a Potiguar.”
Na avaliação do diretor da ANP, o fato de a rodada não ter um foco específico em termos de oportunidade, uma vez que abrange empresas de pequeno, médio e grande portes, faz com que seja um leque de novas oportunidades para a indústria. “Essas duas características – descentralização regional e diversidade de atrações de oportunidades – caracterizam a rodada e fizeram com que ela tivesse grande atratividade traduzida no número recorde de [empresas] habilitadas.”
Para ele, a expectativa maior é com a área da parte equatorial da rodada. “Pode-se dizer que esses blocos na parte equatorial sejam o filé desta rodada. São os blocos situados ali da costa da Bacia do Ceará até o Amapá”.
Sobre as vantagens dessas bacias, Queiroz cita como exemplo o sucesso exploratório obtido pelas empresas internacionais em oportunidades geológicas análogas do outro lado do Atlântico, na África. “E aqui, na parte equatorial, há blocos com condições geológicas semelhantes do ponto de vista da formação geológica – especialmente com as dos blocos exploratórios da costa de Gana. E a gente sabe que os dois continentes há milhões de anos estavam ligados, daí essas similaridades geológicas muito grande”.
Ele destacou também as áreas situadas na Foz do Amazonas, especialmente aquela bem ao norte do Amapá, perto da fronteira com as Guianas, onde recentemente foram feitas descobertas interessantes a 50 quilômetros da fronteira brasileira. “Isso tudo vem motivando as empresas que sabem que o sistema petrolífero encontra-se ativo”.
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