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Amigos de jovem morto em show suspeitam da participação de seguranças no crime

Jovens garantem que vítima não foi atropelada e pedem rigor na investigação da Polícia Civil.
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Jovens garantem que vítima não foi atropelada e pedem rigor na investigação da Polícia Civil.

O grupo de amigos que frequentemente saía com Idenilson da Silva Barros, 20 anos, morto em um show sertanejo ocorrido em Campo Grande, no último sábado (18), garante que o jovem não foi atropelado e quer que a Polícia Civil investigue a possível participação dos seguranças do evento no crime.

Segundo a jovem T.L., 17 anos, as informações iniciais de um acidente são errôneas, bem como o envolvimento da vítima em brigas. “Nós sempre estávamos juntos e ele era um garoto tranquilo, não gostava de confusão e nem bebeu muito como estão falando. Ontem fomos na 5ª Delegacia de Polícia passar detalhes do que ocorreu e pedir esclarecimentos”, diz a jovem.

Segundo a menina, no dia do show os amigos foram de carona com uma jovem que não ingeriu bebida alcoólica. “Chegamos ao camarote e o segurança avisou que não podia ficar entrando e saindo. Apenas algumas vezes o Idenilson se distanciou para buscar uma bebida e ir ao banheiro. Ele estava bem, filmando o show pelo celular e não arrumou nenhuma confusão”, conta a menina.

Por volta das 3h30, ele falou que iria dar uma volta e em alguns minutos retornava. “É nessa hora que achamos que ele foi retirado por algum segurança e em seguida agredido. A empresa disse que houve apenas duas brigas, mas eu mesma flagrei várias e até um segurança batendo em um menino”, fala a amiga da vítima.

Outra dúvida que paira sobre os amigos de Idenilson, é o estado em que ele foi encontrado. “Ele sabia muito bem onde estava o carro e não iria para uma direção tão diferente. O corpo dele estava com marcas na cabeça e no rosto, típicas de agressão. E a nossa indignação é que muitos falaram que ele estava bêbado, mas não bebeu a ponto de ficar inconsciente”, ressalta a jovem.

Mesmo com a demora de Idenilson, os amigos ainda o aguardaram por mais de uma hora no ponto de encontro. Como ele não voltava e a motorista precisava ir embora, já que tem um filho pequeno, os amigos ficaram aguardando a ligação.

“Nós ligamos dezenas de vezes para o celular dele e só chamava. Em seguida desligou e pouco tempo depois estava chamando. Isso já eram 5h e depois só recebemos uma chamada da polícia por volta das 8h, falando da morte e até do reconhecimento do corpo feito pela mãe”, conta a menina.

Homicídio doloso X atropelamento

“Estamos reunindo elementos para verificar se realmente se trata de um homicídio doloso (com intenção de matar) ou atropelamento. A informação da agressão dos seguranças não se confirma, mas também não foi descartada”, fala o delegado Cláudio Martins, responsável pelas investigações.

Ao todo, de oito a dez pessoas já prestaram depoimento. “Estamos reunindo fotos e vídeos da festa e com isso vamos ter uma idéia melhor do que aconteceu. Ainda falta o laudo necroscópico e em breve teremos novidades”, explica Martins.

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