Advogada suspeita de ‘cuidar’ do PCC sai da cadeia e aguarda julgamento em casa

Prisão domiciliar foi concedida na neste domingo (26), pelo desembargador Manuel Mendes Carli.

Saiu há pouco da prisão a advogada Daniella Dall Bello Tinoco Rondão, 27 anos, presa durante a operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) na sexta-feira (24), com a suspeita de envolvimento com uma facção criminosa que age dentro dos presídios, de acordo com as investigações.

Segundo o presidente da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados do Brasil, secção Mato Grosso do Sul, Marco Antônio Ferreira Castelo, assim que Daniela foi detida, eles entraram com um pedido de conversão da prisão em domiciliar.

“De imediato, a prisão dela deveria ter sido domiciliar, já que não temos a Sala de Estado Maior. Porém, na minha opinião, o juiz e o promotor tomaram uma decisão arbitrária. A prisão domiciliar da Daniela não ocorreu antes simplesmente por má fé e desrespeito aos Direitos Humanos”, afirma o presidente Castelo.

Ontem, segundo o presidente, foi ajuizado um pedido de Habeas Corpus, com a decisão proferida no plantão judiciário deste domingo pelo desembargador Manuel Mendes Carli.

“Daniela é uma advogada atuante, que por diversas vezes presenciou a violação de regras no decorrer das investigações e denunciou tais ações na Corregedoria. Como ela atrapalhou o serviço, foi presa de maneira injusta”, garante o presidente, que contou com o apoio da vice-presidente do órgão, Silmara Salamaia Hey.

Daniela permanece em casa, no bairro Jardim Leblon, em Campo Grande. O Midiamax tentou conversar, mas ela está ‘impedida de qualquer contato externo’.

Finanças

As investigações apontam que Daniela transmitia recados das lideranças e chegou a alterar cena do crime, de acordo com o promotor Marcos Alex Vera, do Gaeco. Ela foi uma das 17 pessoas com mandado de prisão cumprido no Estado de Mato Grosso do Sul.