Acusados de matar atriz em BH são condenados a penas de até 33 anos
Os três homens acusados da morte da atriz Cecília Bizzotto, 32, assassinada em outubro do ano passado dentro de sua casa, na região centro-sul de Belo Horizonte, foram condenados a penas que variam de 24 a 33 anos de prisão. A mulher foi atingida por um disparo de arma de fogo durante uma tentativa de […]
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Os três homens acusados da morte da atriz Cecília Bizzotto, 32, assassinada em outubro do ano passado dentro de sua casa, na região centro-sul de Belo Horizonte, foram condenados a penas que variam de 24 a 33 anos de prisão. A mulher foi atingida por um disparo de arma de fogo durante uma tentativa de assalto.
De acordo com a sentença, o trio foi considerado culpado por latrocínio (roubo seguido de morte). Gleisson Martins Horácio foi condenado a 33 anos e sete meses de prisão, e Cléber Eduardo da Silva recebeu uma pena de 28 anos e nove meses de reclusão. Já o terceiro acusado, Luiz Henrique da Silva Paulino, deverá cumprir 24 anos de detenção.
A sentença foi proferida dia 15 deste mês pelo juiz da 11ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, Luís Fernando Nigro Corrêa, e divulgada nesta quarta-feira (17) pela assessoria do fórum.
Segundo o magistrado, o crime “deixou atônita a sociedade mineira”. Ele negou aos réus o direito de recorrer em liberdade.
Ainda conforme a assessoria do fórum, durante audiência de instrução, realizada em março deste ano, foram ouvidas três testemunhas. Além delas, depuseram o irmão da vítima e a cunhada dela, que estavam na casa no momento do assalto.
“Elas relataram toda a ação violenta praticada pelos réus e o temor sofrido por eles. Reconheceram os acusados e pormenorizaram a conduta de cada um”, trouxe nota do setor.
Gleisson Horácio e Luiz Henrique Paulino, de acordo com informação do fórum, assumiram a autoria do crime, mas negaram que Cléber Silva tivesse participado da ação. Ele também rechaçou ter tido envolvimento com a morte de Cecília.
No entanto, ainda conforme o tribunal, com base na análise das provas e das declarações “firmes e coesas” das vítimas e das testemunhas, o magistrado considerou inviável acolher o pedido de absolvição feito pela defesa de Silva.
Relembre o caso
A polícia havia revelado que, no dia do crime, Gleisson Horácio e Luís Henrique da Silva Paulino estavam armados com revólveres e renderam Cecília, o irmão dela e uma cunhada, quando o trio chegava em casa, um imóvel de alto padrão em bairro da capital mineira, na data de 7 de outubro de 2012.
Os moradores foram obrigados a seguir com os suspeitos para o interior da casa e abrir os cômodos da residência na busca por objetos de valor e dinheiro. De acordo com a delegada Elenice Cristine Ferreira, da Delegacia de Homicídios Sul, Horácio foi quem atirou na atriz.
Os dois foram presos no dia 24 de outubro do ano passado em local conhecido como aglomerado Morro das Pedras, situado na oeste da capital mineira.
A delegada havia informado que eles confessaram o assalto e o crime. A ela, teriam afirmado que escolheram aleatoriamente a casa da vítima e queriam apenas objetos de valor. O terceiro suspeito, acusado de ter dado cobertura à dupla, foi preso no final de novembro.
“Ela que pulou na arma”
Segundo a responsável pelo inquérito, a versão apresentada por Gleisson Horácio foi que Cecília teria tentando pegar a arma dele quando os dois se dirigiram a um loft da casa.
O suspeito de ter atirado na atriz afirmou ter feito o disparo porque ela tentou pegar a sua arma. “Foi acidente dela, lá. Ela que pulou na arma, querendo me dominar, e acertou um tiro nela, só isso”, disse Horácio na época de usa apresentação à imprensa feita pela polícia.
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