À espera de 30 mil passageiros durante o feriado, rodoviária coloca ônibus extras para rodar
O Terminal Rodoviário de Campo Grande deve receber, de hoje (16) até domingo (17) e a manhã de segunda-feira (18), um fluxo de pelo menos 30 mil pessoas entre embarques e desembarques. A expectativa é da administração, que já notou aumento da movimentação devido ao feriado prolongado. De ontem para hoje, trinta ônibus extras foram […]
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O Terminal Rodoviário de Campo Grande deve receber, de hoje (16) até domingo (17) e a manhã de segunda-feira (18), um fluxo de pelo menos 30 mil pessoas entre embarques e desembarques.
A expectativa é da administração, que já notou aumento da movimentação devido ao feriado prolongado. De ontem para hoje, trinta ônibus extras foram colocados para rodar.
Segundo o supervisor do terminal, Luciano Silva de Oliveira, de 39 anos, o número de passageiros deve superar a média do ano passado, no mesmo período, em pelo menos 40%.
Nesta sexta o movimento é tranquilo no saguão. Não há tumultos. A “correria” foi durante a tarde e a noite de ontem. Apesar do sossego, ainda há passageiros a espera para descansar.
É o caso da doméstica Maria Socorro, de 46 anos, que saiu de Aquidauana – junto com a filha e o esposo -, desceu em Campo Grande e pretende seguir para o município de Água Boa, no Mato Grosso.
Como perdeu o ônibus das 11h, Maria vai esperar até às 17h para o novo embarque. “Estou tomando um chá de banco”, brincou. O fluxo, para ele, não está tão calmo assim. Na hora de trocar o bilhete só havia 5 vagas no carro. “Acho que é por causa do feriado”, opinou.
Acostumada a longas viagens, a vendedora ambulante Lorena Ramos, de 39 anos, nem esquenta a cabeça com a quantidade de gente que passa pelo terminal. Ela mora no Piauí e, duas vezes por mês, vem à cidade de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, fazer compras.
Hoje, na Capital, esperando para encarar mais um percurso que deve durar, segundo ela, 2 noites e dois dias, Lorena achou o local bem tranquilo. “Só não quero vir no mês de dezembro”, afirmou.
Assim como ela, tem outras pessoas que não vão tirar o final de semana para descansar. Descanso, aliás, é algo que o pedreiro Geraldo da Silva, de 39 anos, não sabe o que é há quase 3 dias.
Desde quarta-feira (13), ele está dormindo no chão da rodoviária a espera do próximo ônibus para Taubaté, no interior de São Paulo. Geraldo veio de Rondônia, onde havia se mudado em busca de trabalho, mas as coisas não saíram como o esperado.
Agora, como ele perdeu o embarque do dia 13 em Campo Grande, vai ter de esperar até às 21h de hoje para conseguir dormir melhor, nem que for na poltrona do ônibus, a caminho de casa.
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