Wall Street fecha sem direção clara, influenciada por UE

A Bolsa de Nova York fechou sem direção clara nesta segunda-feira, dividida entre as fortes incertezas macroeconômicas dos dois lados do Atlântico e um setor tecnológico que recupera o vigor: o Dow Jones caiu 0,20% e o Nasdaq subiu 0,78%. Segundo dados definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Average perdeu 23,35 pontos, a 12.741,82 […]

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A Bolsa de Nova York fechou sem direção clara nesta segunda-feira, dividida entre as fortes incertezas macroeconômicas dos dois lados do Atlântico e um setor tecnológico que recupera o vigor: o Dow Jones caiu 0,20% e o Nasdaq subiu 0,78%.

Segundo dados definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Average perdeu 23,35 pontos, a 12.741,82 pontos, e a tecnológica Nasdaq subiu 36,47 pontos, a 2.895,33 unidades.

O índice Standard & Poor’s 500, mais representativo da tendência geral, subiu 0,14% (+1,94 ponto), a 1.344,78 unidades.

Após uma abertura em queda, os indicadores da praça nova-iorquina se aproximaram do equilíbrio após a difusão de um indicador positivo para a atividade do setor imobiliário nos Estados Unidos. O principal índice de Wall Street voltou, no entanto, a números vermelhos, vítima sobretudo das crescentes incertezas na Europa.

“Os olhares dirigiram-se à Europa, com a esperança de (que se aprove) uma declaração construtiva do G20, e depois os olhos foram colocados também no Fed (Federal Reserve, banco central americano) diante de um temor de que não faça anúncios particulares” após a reunião de política monetária de terça e quarta-feira, no sentido de um maior estímulo à economia americana, afirmou Gregori Volokhine, da Meeschaert New York.

Segundo este estrategista, a atual situação macroeconômica se faz “imaginável”. “Torturado pela reunião do Fed, a cúpula do G20, uma Grécia que continua sem primeiro-ministro (…) é difícil neste momento para um investidor tomar uma decisão, de comprar ou de vender”, o que explica, segundo ele, os baixos volumes de negociações na Bolsa de Nova York.

Apesar do aumento em junho do índice que mede o otimismo das construtoras de moradias individuais, que este mês ficou em seu nível mais elevado desde a primavera de 2007, os investidores apenas continuam interessados na Europa.

As eleições gregas (já) são passado, hoje se trata das taxas de endividamento espanholas”, observa Dick Green, do site de análises financeiras Briefing.com. As taxas de juros para os títulos espanhóis de 10 anos superaram nesta segunda-feira o patamar de 7%, considerado inimaginável e que é o mais elevado desde a criação da zona do euro.

O mercado de títulos fechou em leve alta. O rendimento dos papéis do Tesouro de 10 anos caiu levemente para 1,584%, contra 1,587% na sexta-feira, e os títulos de 30 anos para 2,679% contra 2,694%. O rendimento dos títulos evolui no sentido oposto a seu preço.

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