Vídeo mostra colonos judeus dispararem contra palestinos diante de Exército

A ONG israelense B’Tselem divulgou neste domingo três vídeos que mostram como colonos judeus armados com pistolas e rifles, protegidos por soldados israelenses, dispararem contra jovens palestinos sem que os militares tentem evitar.

Os vídeos, de pouco mais de dois minutos de duração e publicados no site do Youtube mostram vários colonos judeus armados diante de um campo em chamas, dois dos quais disparam contra um grupo de palestinos que atiram pedras. Outros colonos ao fundo também lançam pedras aos palestinos.

Três soldados intervêm apontando armas aos palestinos, mas não fazem nada para evitar que os colonos disparem contra eles.

A B’Tselem explica que os colonos são residentes do assentamento judaico de Yizhar que atearam fogo nas terras palestinas, identifica o ferido como Fathi Asaira, de 24 anos, que permanece hospitalizado. A organização ainda informou que outros cinco palestinos foram também feridos ao serem golpeados com pedras durante o incidente.

De acordo com a ONG, pelo menos um dos colonos pode ser um soldado reservista, já que leva um modelo de espingarda utilizado nas divisões de infantaria do Exército israelense. “Há sérias suspeitas de que os soldados não impediram os colonos de atirarem pedras e ateassem fogo, alem de não separarem as partes e não evitarem os colonos armados de dispararem contra os palestinos”, disse em seu site.

Diante dos fatos, a organização exigiu uma explicação urgente da unidade militar envolvida e pediu a abertura de uma investigação. Questionada pela Agência Efe, o escritório de informação do Exército israelense não respondeu às acusações da B’Tselem nem deu sua versão dos fatos.

Recentemente, a União Europeia expressou preocupação em referência ao extremismo e incitação dos colonos na Cisjordânia e condenou a contínua violência contra os civis palestinos. Além disso, solicitou ao Governo israelense a “levar aos culpados perante a justiça para cumprir suas obrigações sob a legislação internacional”.