Vasco vira, renova esperança e deixa Palmeiras em penúltimo lugar
Nada está tão ruim a ponto de não poder piorar. O perdedor do jogo entre Palmeiras e Vasco nesta quarta-feira enfrentaria essa situação ao sair de São Januário. E sobrou para o Verdão: o Cruz-maltino venceu de virada por 3 a 1, se firmou na faixa do Brasileiro que dá vaga na Libertadores e deixou […]
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Nada está tão ruim a ponto de não poder piorar. O perdedor do jogo entre Palmeiras e Vasco nesta quarta-feira enfrentaria essa situação ao sair de São Januário. E sobrou para o Verdão: o Cruz-maltino venceu de virada por 3 a 1, se firmou na faixa do Brasileiro que dá vaga na Libertadores e deixou seu adversário em penúltimo lugar.
O resultado no Rio de Janeiro deixou os comandados de Luiz Felipe Scolari estacionado nos 20 pontos, agora na 19ª colocação e a sete pontos do Flamengo, primeiro clube a aparecer fora da zona de rebaixamento. O Vasco, que teve o novo técnico Marcelo Oliveira como espectador das tribunas do presidente Roberto Dinamite, chegou a 42 pontos, na quarta posição.
O Palmeiras até pôde sonhar com uma noite melhor, já que começou a partida abrindo o placar com Luan, aos 23 minutos do primeiro tempo. Mas Tenorio empatou seis minutos depois e, na etapa final, os anfitriões foram letais, virando com Nilton, aos cinco, e sentenciando o placar com Juninho Pernambucano aos 26.
Dono da segunda pior campanha da liga nacional, melhor só do que o Atlético-GO, o Verdão terá pela frente o Corinthians, no domingo, às 16 horas (de Brasília), no Pacaembu. No mesmo dia e horário, o Vasco visita o Cruzeiro.
O jogo – Apesar das novidades que promoveu no time, Luiz Felipe Scolari não abriu mão de Henrique como volante, apostando em Wellington na zaga. Um de seus principais pedidos, porém, não foi atendido: incumbido de acompanhar Juninho Pernambucano, Correa dava espaço ao veterano craque, tirando seu comandante do sério.
Com Juninho livre, Wendel e John Cley puderam se aproximar para aumentar o poderio ofensivo do time comandado interinamente por Gaúcho – e assistido das tribunas pelo novo técnico, Marcelo Oliveira –, e auxiliar Tenorio e Alecsandro na frente. Neste panorama, os anfitriões impuseram pressão nos minutos iniciais em São Januário.
Os donos da casa quase marcaram inclusive em gol contra após bola desviada por Wellington. Até os oito minutos, seguiram assustando com Jhon Cley e Douglas. Para solucionar, se Correa não consegui perseguir Juninho Pernambucano, o meio-campista aparecia bem na saída de bola e contou com a disposição de Tiago Real e Valdivia, que recuaram para buscar jogo.
Com movimentação constante, Valdivia conseguia até escapar da marcação individual de Nilton. Luan errava quase todos os domínios nas tentativas pelos lados e Barcos era forçado a sair da área, mas o ânimo da equipe impunha um domínio no campo do adversário. O primeiro resultado foi uma cabeçada perigosa de Wellington após escanteio cobrado por Correa aos 15 minutos.
A postura foi premiada aos 23 minutos. Valdivia sofreu falta na direita e Tiago Real cruzou para Wellington obrigar Fernando Prass a fazer grande defesa. A bola sobrou na pequena área para Luan, que aproveitou confusão de Dedé na pequena área para balançar as redes.
Na tentativa de manter o resultado, o Verdão mostrou que sua zaga continua errando, independentemente da mudança de peças. Aos 29 minutos, três jogadores do Vasco tiveram liberdade, e um deles empatou. Wendel cruzou da lateral esquerda para a pequena área e Alecsandro ajeitou de cabeça para o completamente desmarcado Tenorio escorar nas redes.
O placar, empatado, equilibrou o confronto, que passou a ter equívocos decisivos dos dois lados. Os maiores vacilos no primeiro tempo, curiosamente, vieram dos dois autores dos gols. Luan perdeu chance clara aos 34 minutos ao isolar um rebote de Valdivia. No minuto seguinte, Tenorio errou e cabeceou por cima, mesmo sem marcação.
Na volta do intervalo, Felipão posicionou sua equipe para ocupar o campo rival, liberando as descidas de Artur e Juninho. Com esta postura, o Palmeiras precisou de dois minutos para criar chances perigosas com Tiago Real e outra oportunidade clara, só com Fernando Prass, desperdiçada por Luan.
O Vasco, por sua vez, precisou de só um erro adversário para ser superior no placar. Juninho Pernambucano cobrou falta da lateral esquerda e Nilton, completamente desmarcado, desviou de cabeça aos cinco minutos da etapa final. Mesmo com mais de 40 minutos a serem jogados, a partida foi decidida neste lance.
Logo após levar a virada, o Verdão quase não acertou mais passes no campo de ataque, mesmo depois de Scolari mexer no setor trocando Tiago Real e Barcos por Vinícius e Obina. O meio-campo já não conseguia parar nem com falta os contra-ataques seguidamente puxados pelo clube carioca.
Aos 26 minutos, Tenorio prendeu a bola na intermediária, driblou Wellington e deixou para Juninho Pernambucano, já acostumado a não ter nenhum palmeirense o marcando, só tocar na saída de Bruno para fazer 3 a 1. Os 20 minutos seguintes só serviram para esboçar o desespero do Verdão e a esperança vascaína renovada.
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