“Tem gente que acha que gordo não deveria respirar tanto”, diz Jô ao lançar peça em SP
Jô Soares sentou-se no centro do palco do Teatro das Artes, em São Paulo, na tarde desta sexta-feira (15), mas não foi pra atuar. O apresentador divulga a peça “Atreva-se”, dirigida por ele e baseada no texto sombrio e bem-humorado do autor paulista Maurício Guilherme. O espetáculo, que homenageia o cinema noir, estreia na próxima […]
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Jô Soares sentou-se no centro do palco do Teatro das Artes, em São Paulo, na tarde desta sexta-feira (15), mas não foi pra atuar. O apresentador divulga a peça “Atreva-se”, dirigida por ele e baseada no texto sombrio e bem-humorado do autor paulista Maurício Guilherme. O espetáculo, que homenageia o cinema noir, estreia na próxima sexta (22).
Durante a conversa com jornalistas, Jô falou sobre preconceito, explicou o propósito da encenação, e ainda teve tempo para se preocupar com uma jornalista que desmaiou durante o evento.
“Acho que existe uma preocupação quanto a qualquer forma de preconceito”, respondeu ao repórter de um veículo especializado na comunidade LGBT. “Isso é inerente a cada um. Nunca entendi o preconceito. Todo tipo é ruim. Sofri preconceito contra gordo. Tem gente que acha que gordo não deveria respirar tanto”, brincou.
Convidados por Jô depois de entrevistas em seu programa na Globo, Marcos Veras e Júlia Rabello são dois dos protagonistas do espetáculo e interpretam três personagens cada. Além deles, Mariana Santos e Carol Martin completam o elenco. “Eles toparam antes de ver o texto”, pontuou o apresentador. Um dos critérios para a escolha foi a experiência com stand-up comedy. “É um espetáculo difícil e adequado ao tipo de humor que eles fazem”, justifica Jô.
Mariana Santos é uma das personagens que mais tem a chance de usar esse humor interagindo direto com o público. “Fico na plateia e tenho liberdade para brincar e fazer piadas, além de tentar fazer o público entender a história”, explica.
O autor Maurício Guilherme diz que a parte mais difícil da peça foi afinar as cenas para dar a estética de cinema. “A princípio eram histórias soltas, contos, não era forma de teatro. Uma amiga redatora reescreveu e me motivou a transformar em uma peça”. “Ela é uma sátira aos filmes de suspense e uma comédia nonsense”, completa Jô.
“O espetáculo na verdade tem algumas homenagens a atores do cinema noir no cenário”, diz Jô. “É um espetáculo elegante, remete aos filmes em preto e branco. O cenário, figurino, ficaram muito adequados.”
Sobre as influências que teve para criar a estética do espetáculo, Jô diz que pensou em desde “Frankenstein” e “Dracula” a “Psicose” a “Rebecca”. “Todos nós tivemos experiências com esses filmes por causa da televisão. No final a peça sempre responde a pergunta de sempre, quem é que matou quem”, explica.
Desmaio e piadas
Antes do encontro com a imprensa começar, Jô fez algumas piadas e, falando sério, perguntou se a água na jarra que estava sobre sua mesa era filtrada. Já acompanhado pelo elenco de quatro atores e pelo autor, ele esperava a primeira pergunta de uma jornalista, que tentou formular uma pergunta sobre uma possível investida no cinema. Tentou, porque antes de completar a pergunta, ela caiu desmaiada, para surpresa do apresentador.
Passados alguns minutos de preocupação, a mulher foi socorrida pela ex-BBB Irís Stefanelli, agora repórter de um programa de TV, e acabou acordando. Jô aproveitou a situação e o clima de comédia do evento para fazer piada. Quando a mulher justificou que poderia estar grávida, ele ainda comentou: “Espero que não seja meu”.
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