Suspensão do Paraguai do Mercosul deve ser mantida, sinaliza subsecretário

O subsecretário de América do Sul, Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antonio José Ferreira Simões, sinalizou hoje (5) que deve ser mantida a suspensão do Paraguai do Mercosul. O fim da suspensão é um apelo constante das autoridades paraguaias e deve ser discutido durante a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, na sexta-feira (7), em Brasília.

A tendência em manter a suspensão segue o que ocorreu na Cúpula dos Chefes de Estado e Governo da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), no Peru, e é considerada certa, pois os integrantes do Mercosul também fazem parte da Unasul.

Na semana passada, em Lima, no Peru, os presidentes dos países que integram a Unasul decidiram manter a suspensão em vigor. Os líderes concluíram que não houve fato novo algum para mudar a decisão anterior. Para os presidentes, ocorreu o rompimento da ordem democrática durante a destituição do então presidente paraguaio Fernando Lugo, em 22 de junho. O Paraguai foi suspenso da Unasul e do Mercosul em 29 de junho, pois os líderes da região concluíram que houve o rompimento da ordem democrática durante o processo de impeachment de Lugo – em menos de 24 horas, Câmara e Senado aprovaram a destituição.

Na reunião da Unasul, em Lima, o coordenador do Grupo de Alto Nivel da Unasul, Salomon Lerner Ghitis, fez um relato sobre a visita ao Paraguai e o andamento do processo eleitoral.  Após a visita, o grupo recomendou a manutenção das eleições presidenciais de  21 de abril de 2013, que serão acompanhadas por uma missão da Unasul.

Integram a Unasul: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Chile, Guiana e Suriname. São países observadores o Panamá e o México. O Mercosul é formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai, pela Venezuela e pelo Paraguai – que está suspenso do bloco até abril de 2013. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países associados.