Suposto mentor do 11/9 será julgado em Guantánamo
O acusado de ser o autor intelectual dos ataques de 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed, e outros quatro supostos cúmplices foram encaminhados na quarta-feira para julgamento em um tribunal para crimes de guerra em Guantánamo, informou o Pentágono. Pesam sobre eles acusações que poderão levá-los à pena de morte. Os cinco são acusados de […]
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O acusado de ser o autor intelectual dos ataques de 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed, e outros quatro supostos cúmplices foram encaminhados na quarta-feira para julgamento em um tribunal para crimes de guerra em Guantánamo, informou o Pentágono. Pesam sobre eles acusações que poderão levá-los à pena de morte.
Os cinco são acusados de planejar e executar os ataques de 11 de setembro de 2011, com aviões sequestrados, em Nova York, Washington e Shanksville, no Estado da Pennsylvania, que resultaram na morte de 2.976 pessoas.
Eles são acusados de terrorismo, sequestro de avião, conspiração, homicídio em violação da lei da guerra, entre outros, e foram indicados para um tribunal militar capital – o que significa que poderão ser condenados à morte, caso condenados, informou o Pentágono.
A decisão de levar o caso a uma comissão militar indica que os cinco serão acusados perante um juiz militar na Estação Naval da Baía de Guantánamo em Cuba dentro de 30 dias.
O encaminhamento das acusações ocorre um ano depois de o governo do presidente Barack Obama ter abandonado os esforços para julgar Mohammed e seus quatro cúmplices em uma corte civil, como havia prometido, e depois levar o caso a um tribunal militar.
O procurador-geral Eric Holder culpou os parlamentares pela reviravolta política, dizendo que a decisão deles de bloquear o financiamento para processar os suspeitos pelo 11 de setembro em um tribunal de Nova York amarrou as mãos do governo e o forçou a transferir o caso a uma corte militar.
A União Americana pelas Liberdades Civis (Aclu) condenou na quarta-feira a decisão de seguir com o julgamento militar.
“O governo Obama está cometendo um erro terrível ao promover os julgamentos mais importantes do terrorismo de nosso tempo em um sistema de Justiça de segunda linha”, disse o diretor executivo da Aclu, Anthony Romero, em um comunicado.
“Qualquer que seja o veredicto das comissões militares de Guantánamo, ele será manchado por um processo injusto e pelas políticas que retiraram erroneamente esses casos das cortes federais, que julgaram de forma bem-sucedida e segura centenas de casos de terrorismo”, afirmou ele.
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