Sindicato denuncia que ao invés de aumento, André corta salário de servidores da Iagro
Governador prometeu implantar Plano de Cargos e Carreiras para reajustar salários, mas cortou 15% referente a adicional de função da categoria
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Governador prometeu implantar Plano de Cargos e Carreiras para reajustar salários, mas cortou 15% referente a adicional de função da categoria
Servidores da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) estão indignados com a medida tomada pelo governador André Puccinelli (PMDB) de cortar uma gratificação instituída em 2006, na administração Zeca do PT, que representava cerca de 15% de seus salários. Em negociação desde o ano passado, a categoria aguardava a implantação do PCC (Plano de Cargos e Carreiras), prometido pelo governador em dezembro de 2011, quando foi surpreendida com o corte.
De acordo com a presidente do Sifems (Sindicato dos Fiscais Estaduais Agropecuários), Glaucy da Conceição Ortiz, além de não honrar a promessa, agora no mês de maio 182 fiscais agropecuários tiveram seus salários diminuídos em 15%. A justificativa dada por Puccinelli é de que o único aumento dado durante o governo Zeca do PT, foi feito de maneira irregular.
“O governador nos disse que o corte foi feito porque a verba que dava esse complemento não tinha lei especifica autorizando o pagamento e era feita por meio de nota técnica. Quando solicitamos uma cópia à secretaria de administração, nos foi dito que não era possível encontrar o documento”, declarou Glaucy. Ela explicou que o fato de não obter o documento prejudicará os funcionários no direito a ampla defesa, dentro do processo administrativo, instaurado em 2010.
A presidente do sindicato contou que, há dois anos atrás, as secretárias de Estado Tereza Cristina e Thie Iguchy, junto com o procurador estadual, Rafael Francisco Coldibelle estiveram na Iagro para comunicar a abertura de um processo administrativo, que teria como objetivo o corte salarial – sofrido em maio de 2012. Entretanto, em contrapartida a retirada dos 15%, seria implantado o PCC, para repor a perda.
Desde dezembro, servidores da Iagro aguardam melhorias prometidas por Puccinelli
Glaucy disse que desde dezembro de 2011 os servidores aguardam a reposição salarial prometida pelo governador André Puccinelli (PMDB). No fim do ano passado, ele reuniu secretários de Estado e um grupo de servidores da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), garantindo que o Plano de Cargos e Carreiras da Categoria seria encaminhado à Assembleia Legislativa em fevereiro de 2012 para aprovação, mas até o momento não há nem sinal do projeto.
Passado um mês do prazo, no dia 20 de março, os servidores compareceram a Assembleia, para solicitar apoio dos deputados na luta pela reposição salarial, tendo a presidente do sindicato Glaucy da Conceição Ortiz, ocupado a tribuna para fazer um pronunciamento. No dia, o líder do Governo na Casa de Leis, deputado estadual Junior Mochi (PMDB), justificou que Puccinelli estava indignado com a Operação Padrão – realizada pela categoria como forma de protesto – mas que o Plano de Cargos e Carreiras estaria pronto e apenas aguardando algumas adequações para ser colocado em votação.
Segundo Glaucy, três meses se passaram e até o momento não houve qualquer contato do executivo sobre a retomada das negociações. “Nós fiscais, que agora entramos em mês de vacinação do gado, acompanhamos o movimento de outras categorias por melhores salários. O que nós esperamos é que o Governador honre a promessa que nos fez”, afirmou Glaucy.
Operação padrão foi combatida com autorização para contratar sem concurso público
A operação padrão teve início em 17 de novembro de 2011 e foi uma manifestação dos fiscais agropecuários, para mostrar a importância da atividade desenvolvida por eles, uma vez que eles têm papel fundamental na segurança alimentar no país e na exportação de alimentos, que equilibra a balança comercial brasileira.
Contudo, como 50% dos fiscais da vigilância sanitária aderiram, houve demora na emissão de GTA – documento essencial para o transporte de gado dentro e fora do Estado. Com isso, Puccinelli encaminhou para Assembleia Legislativa um decreto, para determinar o corte dos salários , afastamento e abertura de processo disciplinar para os que participasse da operação, bem como dando a ele plenos poderes para contratar funcionários, por tempo determinado, para qualquer pasta, sem concurso público.
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