Sesau realiza teste rápido para HIV e sífilis nas unidades de saúde de Campo Grande

A Secretaria Municipal de Saúde implantou este mês, nas unidades básicas de saúde e unidades básicas de saúde da família (UBS e UBSF) da Capital, o diagnóstico do teste rápido para o HIV e para a triagem da sífilis no pré-natal, disponíveis não apenas às gestantes, mas também aos respectivos parceiros sexuais. São exames cujos […]

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A Secretaria Municipal de Saúde implantou este mês, nas unidades básicas de saúde e unidades básicas de saúde da família (UBS e UBSF) da Capital, o diagnóstico do teste rápido para o HIV e para a triagem da sífilis no pré-natal, disponíveis não apenas às gestantes, mas também aos respectivos parceiros sexuais. São exames cujos resultados ficam prontos em quinze minutos.

“Até o momento, temos 77 profissionais de saúde capacitados para a realização dos testes, distribuídos em 57 UBS/UBSF do município. Há previsão de que a Sesau capacite ainda este ano mais 120 profissionais de saúde para o atendimento das gestantes e seus parceiros”, afirma Virna Hildebrand, gerente técnica DST/Sesau.

O Dia Nacional de Combate à Sífilis é lembrado em 20 de outubro. A doença atinge cerca de 1,5 milhões de gestantes a cada ano, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo que mais de 90% dos casos estão na América Latina, Caribe, África Subsaariana, sul e sudeste da Ásia.

No Brasil estima-se que ocorrem 900 mil casos de sífilis por ano. A prevalência na gestante é de 2,6%, o que corresponde a quase 50 mil gestantes com sífilis e doze mil casos de sífilis congênita por ano. A taxa de incidência é de quatro casos por mil nascidos vivos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) registrou no ano passado, em Campo Grande, 132 casos de gestantes com sífilis e 51 casos de sífilis congênita, que representam uma taxa de 4,2 por mil nascidos vivos. Neste ano a Sesau já notificou 47 casos de sífilis congênita. A preconização do Ministério da Saúde é reduzir o número de casos da doença para menos de uma notificação para cada mil nascidos vivos.

Características da sífilis – doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. É transmitida por via sexual e vertical, ou seja, da mãe para o filho durante a gravidez. A criança que adquire a sífilis congênita pode nascer com alterações neurológicas e cardíacas graves, ou a mãe pode sofrer aborto espontâneo.

O tratamento é considerado simples e barato, feito por meio da aplicação de antibiótico. No entanto, se o parceiro sexual da gestante não quiser realizar o tratamento, a mulher permanece com a doença e a criança quando nascer será mais um caso de sífilis congênita.

Para Virna Hildebrand, entre as estratégias de enfrentamento da transmissão vertical da sífilis estão o uso contínuo de preservativos e a realização do pré-natal, que permite o diagnóstico precoce e o tratamento adequado do casal. “É possível reduzir os números de sífilis congênita. Entretanto, é imprescindível o comprometimento dos profissionais de saúde e a adesão ao tratamento pelo casal para o sucesso das estratégias”, conclui a gerente técnica da Sesau.

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