Senadora: País tem 241 rotas de tráfico de pessoas, segundo ONU

A senadora Ângela Portela (PT-RR) chamou a atenção para o problema do tráfico internacional de pessoas em seu Estado, em seu pronunciamento nesta segunda-feira. A parlamentar citou dados da Organização das Nações Unidas (ONU) que revelaram a existência de 241 rotas de tráfico de pessoas no País, sendo 110 relacionadas ao tráfico interno, intermunicipal e […]

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A senadora Ângela Portela (PT-RR) chamou a atenção para o problema do tráfico internacional de pessoas em seu Estado, em seu pronunciamento nesta segunda-feira. A parlamentar citou dados da Organização das Nações Unidas (ONU) que revelaram a existência de 241 rotas de tráfico de pessoas no País, sendo 110 relacionadas ao tráfico interno, intermunicipal e interestadual, e 131 ligados ao tráfico internacional.

As informações são da Agência Senado. Ângela cobrou mais ação policial nas fronteiras com países como Guiana e Venezuela. Segundo ela, a pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para Fins de Exploração Sexual Comercial no Brasil,da ONU mostrou ainda que as regiões mais pobres do Brasil apresentam maior concentração de rotas do tráfico de pessoas.

Neste cenário, a região Norte tem a maior concentração de rotas do País: 76. No Nordeste são 69, no Sudeste 35, no Centro-Oeste 33 e no Sul, 28.

Ângela, que integra a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), citou matéria da Folha de Boa Vista que relatou detalhes sobre o funcionamento da rota do tráfico de pessoas para a Guiana. Ela apoiou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, defendeu a criação de uma lei específica sobre o tema.

“Devemos mostrar a esses criminosos que um País decente se faz com punição a todo tipo de crime, particularmente os crimes hediondos, como o tráfico de pessoas, sejam eles de crianças, adolescentes, mulheres. Não podemos mais continuar assistindo às denúncias se sucederem uma às outras sem que tenhamos que dar um basta”.

Sobre o tema, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) sublinhou a necessidade de “uma política decente para com as nossas fronteiras” e defendeu políticas sociais para atendimento às pessoas vulneráveis ao tráfico de seres humanos.

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