Santos pensa em uma ‘loucura’ para repatriar Robinho

A diretoria do Santos não “fala a mesma língua” quando o assunto é a contratação do atacante Robinho, do Milan, da Itália. O Comitê Gestor se divide sobre o alto investimento que o clube terá que fazer para repatriar o ídolo santista. Um grupo defende a tese de cometer uma “loucura financeira” para não correr […]

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A diretoria do Santos não “fala a mesma língua” quando o assunto é a contratação do atacante Robinho, do Milan, da Itália. O Comitê Gestor se divide sobre o alto investimento que o clube terá que fazer para repatriar o ídolo santista.

Um grupo defende a tese de cometer uma “loucura financeira” para não correr o risco de ver Robinho vestindo outra camisa no futebol brasileiro – considerado uma tragédia entre dirigentes, conselheiros e torcedores do clube.

Entretanto, além dos 10 milhões de euros (R$ 27,7 milhões) exigidos pelo Milan, da Itália, o Santos não tem dinheiro sequer para bancar o salário milionário pedido pelo atacante. Para voltar a vestir a camisa alvinegra, Robinho pediu o mesmo ordenado de sua última passagem pelo clube em 2010 – R$ 1 milhão por mês.

O Comitê Gestor do Santos tenta repetir a mesma estratégia ao buscar investidores interessados em ajudar a compor o salário de Robinho.

A diferença é que a Teisa (Terceira Estrela Investimentos S.A), grupo de investidores santistas ligados ao presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, não demonstra a mesma empolgação em relação a colocar dinheiro no clube.

“O Robinho é um sonho de difícil realização. Os valores são bastante elevados. Mas da mesma maneira que, com criatividade e uma engenharia financeira, a gente trouxe o Robinho em 2010, manter o Neymar até 2014 também exigiu muita criatividade, mas nós conseguimos. Era difícil. Era um sonho que eu tinha, mas acabou se realizando. Como você realiza seus sonhos? Ousando, usando a criatividade. Ele é meu ídolo, e tem a vontade de voltar. É desejo meu, dele, do Muricy, da torcida, do elenco, então a gente não vai desistir desse sonho tão fácil”, disse o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro à Rádio Bandeirantes.

Além disso, a batalha judicial envolvendo Santos e DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, dificulta o clube a encontrar novos investidores no mercado.

O projeto Robinho influenciou na saída de um dos membros do Comitê Gestor, Eduardo Vassimon, que é contrário à ideia do Santos fazer loucuras para contratar o ex-camisa 7 da Vila Belmiro. Ele se desligou do grupo e a cadeira está vaga.

Se não bastasse, o orçamento do Santos para 2013 prevê um déficit de R$ 15 milhões. Mesmo assim alguns dirigentes pretendem arriscar no alto investimento para trazer Robinho, que já esteve na mira de Grêmio – que ofereceu R$ 500 mil de salário -, além de Atlético-MG e São Paulo.

A diretoria do Santos prefere não se pronunciar sobre Robinho e mantém a política de não falar sobre reforços ou saída de jogadores na Vila Belmiro.

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