Riciotti e Siufi são eleitos para Corregedoria do Ministério Público de Mato Grosso do Sul

Com 16 dos 25 votos, o Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso do Sul elegeu Mauri Valentim Riciotti como Corregedor-Geral do órgão para os próximos dois anos. A eleição aconteceu nesta quinta-feira (14). Para Corregedor-Substituto, Antonio Siufi Neto foi eleito por unanimidade. Participaram da disputa para assumir a Corregedoria os […]

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Com 16 dos 25 votos, o Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso do Sul elegeu Mauri Valentim Riciotti como Corregedor-Geral do órgão para os próximos dois anos. A eleição aconteceu nesta quinta-feira (14). Para Corregedor-Substituto, Antonio Siufi Neto foi eleito por unanimidade.

Participaram da disputa para assumir a Corregedoria os procuradores Riciotti e Marcos Antonio Martins Sottoriva, que teve nove votos. O Corregedor-Geral é responsável por fiscalizar a atuação e conduta dos demais procuradores e dos promotores do Ministério Público. A solenidade de posse deverá ser realizada no dia 13 de julho.

O novo Corregedor-Geral já atuava como Corregedor-Substituto do MPE-MS

“A atribuição fundamental da Corregedoria-Geral é verificar a atuação, mas também orientar. Então, quanto mais o Corregedor age, menos margem há para questionamentos e cobranças com relação ao trabalho do Ministério Público”, disse Riciotti sobre a atuação da Corregedoria. Ele já está atuando como Corregedor-Geral desde o início do mês – devido a uma licença médica do corregedor Silvio Maluf – e segue no cargo até a data de posse.

Ricioti defende que os membros do Ministério Público passem a provocar os demais entes fiscalizadores do estado democrático de direito para que não recaia sobre o MP a imagem de perseguidor.

“O papel fiscalizador do Ministério Público quase sempre fere interesses. Por isso, somos alvo. Muitas vezes o promotor faz o dever, enquanto os demais entes que devem fiscalizar não o fazem, e fica parecendo que o Ministério Público é elemento político de oposição”, diz Riciotti.

“Se tem denúncia contra a Prefeitura, instaura o procedimento e oficia a Câmara Municipal, por exemplo, para cobrar dos parlamentares que cumpram seu dever. No Ministério Público a atuação é criteriosa, segue um rito, e o debate político não cabe aqui. Com essa postura, é possível tirar a atuação do promotor, que é técnica, juridicamente embasada, do foco desse debate político”, defende.

“Hoje não temos tantos apoiadores na classe política porque, ao cumprirmos nosso papel, temos sido protagonistas de atos que sempre atingem aos interesses de algum grupo”, expliocou.

Meta da nova gestão terá como foco “resultados”

De acordo com Ricioti , a meta de seu mandato será uma atuação mais intensa e presente nas promotorias com foco no resultado. “A opção pelo meu nome se deve pelo trabalho que vínhamos desenvolvendo na gestão anterior e por isso não haverá grandes alterações. Vamos ser mais incisivos e cobrar eficiência, fazer uma gestão com foco nos resultados”, afirmou.

Antônio Siufi Neto, eleito por unanimidade, disse que se sente apto para desempenhar o cargo, depois de tanto tempo no Ministério Público. “São 25 anos de trabalho, tendo sido adjunto e coordenador de várias áreas. Queremos construir um novo perfil ministerial, no sentido de portas abertas ao povo e para todo e qualquer representação, uma vez que somos o pronto-socorro constitucional do Brasil”, disse.

Siufi disse ainda que “um Ministério Público não se constrói com discursos” e que a meta de produtividade é fundamental para que se obtenha sucesso nos trabalhos. “Quem ganha com tudo isso é a sociedade”, concluiu.

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