Rascunho zero da Rio+20 é generalista, diz presidente da SOS Mata Atlântica
O presidente da organização não governamental SOS Mata Atlântica, Roberto Klabin, criticou hoje (27) o rascunho zero (zero draft), documento que vai servir de base para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Para ele, o documento não trata de questões específicas. “O rascunho zero é extremamente generalista. Não há assunção de compromissos […]
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O presidente da organização não governamental SOS Mata Atlântica, Roberto Klabin, criticou hoje (27) o rascunho zero (zero draft), documento que vai servir de base para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Para ele, o documento não trata de questões específicas.
“O rascunho zero é extremamente generalista. Não há assunção de compromissos efetivos. A esperança é que em junho [quando ocorre a conferência] seja renovado o atual quadro de intenções, com propostas mais corajosas”, disse Klabin, ao participar de discussão sobre o assunto na Câmara.
O rascunho zero está na segunda rodada de negociações. O documento, que começou com 17 páginas, está com mais de 170 páginas, que serão traduzidas para o idioma de todos os países participantes da Rio+20. “Toda conferência parte do princípio do consenso. Quem reclama que o documento é genérico, terá 170 páginas para debater nos próximos dois meses”, rebateu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Segundo a ministra, a Rio+20 vai incorporar o que ocorreu na área do meio ambiente e desenvolvimento sustentável nos últimos vinte anos, quando ocorreu a Rio 92. Entretanto, o evento também deverá projetar os próximos 20 anos.
“Mas não impede que haja debates mais aprofundados sobre os temas que foram importantes na Eco 92 e que ainda estão em voga”. Para o chefe da divisão de Meio Ambiente do Itamaraty, Paulino Franco, uma das ideias para as discussões mais concentradas na Rio+20 serão os diálogos para o desenvolvimento sustentável, que ocorrerão entre 16 e 19 de junho.
“São discussões voltadas para a sociedade civil. Os governos não participarão desses diálogos”, afirmou. As discussões deverão envolver desenvolvimento sustentável para o combate à pobreza, energia e economia sustentáveis, além de temas como água e segurança alimentar e nutricional.
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