Prorrogação da CPI do Cachoeira deve ser definida nesta terça-feira
A CPI do Cachoeira deve decidir nesta semana sobre a prorrogação dos trabalhos. A decisão de adiar o encerramento da comissão, previsto para 4 de novembro, foi tomada em reunião realizada no último dia 16, mas não houve acordo sobre o prazo. A reunião de representantes partidários para discutir o assunto está marcada para a […]
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A CPI do Cachoeira deve decidir nesta semana sobre a prorrogação dos trabalhos. A decisão de adiar o encerramento da comissão, previsto para 4 de novembro, foi tomada em reunião realizada no último dia 16, mas não houve acordo sobre o prazo. A reunião de representantes partidários para discutir o assunto está marcada para a terça-feira (30). No dia seguinte, a CPI se reúne para votar os 507 requerimentos da pauta.
A intenção de parlamentares oposicionistas é de que a prorrogação se dê por 180 dias, prazo máximo previsto em lei. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que iniciou a coleta de assinaturas no Senado, já conseguiu 35 adesões, número superior ao mínimo necessário para a prorrogação, que é de 27 assinaturas.
Já na Câmara, são necessárias 171 assinaturas. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) até agora coletou 80. A coleta também está sendo feita por Rubens Bueno (PPS-PR), mas os números não foram divulgados pela liderança do partido. A coleta deve ser intensificada na próxima semana, já que o movimento na casa deve voltar ao normal após o segundo turno das eleições.
Em entrevista recente, o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), afirmou que trabalha para que o relatório esteja pronto em 4 de novembro, mas disse que respeitará o que for decidido na reunião entre os representantes partidários na CPI.
O resultado da reunião deve influenciar a votação dos 507 requerimentos que ainda precisam ser votados. A reunião está marcada para a quarta-feira (31) às 10h15. Entre os pedidos a serem analisados estão convocações e quebras de sigilo de empresas que seriam ligadas à organização criminosa que foi alvo da operação Monte Carlo.
Novas convocações
Na lista de pedidos que aguardam o exame dos membros da CPI há requerimentos para a convocação do ex-ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB); e de Antônio Pires Perillo, irmão do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
Também pode ser convocado o deputado e ex-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à Presidênciada República, José de Filippi Júnior (PT-SP). Segundo o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luiz Antônio Pagot, o deputado teria lhe pedido uma relação de empreiteiras que seriam possíveis doadoras à campanha petista em 2010.
Há, ainda, dois pedidos para a convocação do presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor), José Alberto Pereira Ribeiro. Os parlamentares querem apurar denúncia de fraude em licitações por meio da combinação prévia entre as empresas. Outros pedidos objetivam a convocação de sócios de empresas apontadas pela Polícia Federal como “laranjas” da organização. Quebras de sigilo
Várias dessas empresas podem ter os sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados. As empresas Galula Empreendimentos e Participações e Diluca Hotelaria e Turismo também podem ter o sigilo fiscal quebrado. De propriedade do secretário de Planejamento de Goiás, Giuseppe Vecci, as empresas teriam emprestado mais de R$ 1,2 milhão ao governador Marconi Perillo, em 2007 e 2008. Os valores, no entanto, não teriam sido devolvidos, o que pode indicar uma tentativa de dissimular crescimento patrimonial.
Além disso, há pedidos de informações a empresas que, de acordo com a polícia, receberam dinheiro da Delta Construções. Também há requerimentos para a obtenção de endereços de computadores que enviaram declarações de Imposto de Renda e pedidos de compartilhamento de informações.
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