Professor denuncia nepotismo e sofre retaliação de diretora em Campo Grande
Desde que descobriu que o colega de trabalho só foi contratado por ser filho da diretora, professor concursado diz ter sido coagido e transferido para outra unidade escolar.
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Desde que descobriu que o colega de trabalho só foi contratado por ser filho da diretora, professor concursado diz ter sido coagido e transferido para outra unidade escolar.
Não bastasse os ‘escândalos’ nacionais, como a CPI do mensalão que condenou os envolvidos pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e nepotismo, a dispensa de um professor da Escola Municipal Plínio Barbosa Martins, no Jardim das Macaúbas, em um caso do gênero na Capital chama a atenção.
Ao perceber que o colega de trabalho, também professor de Educação Física, só foi contratado pela diretora por ser filho dela, Reomar Borges Nogueira, 39 anos, decidiu denunciar o crime.
Em um primeiro momento, ele fez uma denúncia anônima na Semed (Secretaria Municipal de Educação), mas com a demissão do colega ele disse ter sido coagido e expulso do seu local de trabalho, mesmo sendo concursado.
“Cheguei na última sexta (23) para trabalhar e ela me expulsou, me mandou ir embora de maneira bem grosseira, já que o filho dela, M.T.B., não estava mais lá. Como diretora, respeitei a sua autoridade, mesmo sabendo que ela é comissionada e que não há fiscalização alguma para estes profissionais”, afirma o professor ao Midiamax.
Antes da denúncia, segundo Reomar, ele já tinha reclamado do fato na escola. Desde então, segundo ele, a diretora T.M.B. começou a ‘pegar no seu pé’. “Eu estava em estado probatório e eles me faziam assinar coisas que não concordava, principalmente no dia em que pedi aos alunos para fazerem uma redação sobre as fezes dos pombos e outra sobre casos de nepotismo. Isso a deixou ainda mais irritada”, comenta o professor.
Sem saída, ele compareceu a Semed na manhã de ontem (26). Lá ele foi informado que o seu cargo na escola estava a disposição e que ele iria ser transferido para outra unidade escolar ou deveria apresentar um atestado médico até o final do ano. “Eu faço questão de ficar na escola com os meus alunos. Foi um ato arbitrário por parte da diretora e isso não pode ficar assim”, lamenta o professor.
O Midiamax tentou contato com a diretora da escola, mas ontem foi informado que ela estava em uma reunião e, nesta manhã, ela estaria em um evento na Semed. O telefone celular também não foi nformado.
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