Presidente Dilma diz que não tem ódio de seus torturadores, mas nunca os perdoou
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que não sente ódio das pessoas que a torturaram durante o período da ditadura militar, mas que isso não significa que tenha perdoado o que aconteceu. “No passar dos anos uma das melhores coisas que me aconteceu foi não ter me deixado fixar em qualquer sentimento por essas […]
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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que não sente ódio das pessoas que a torturaram durante o período da ditadura militar, mas que isso não significa que tenha perdoado o que aconteceu. “No passar dos anos uma das melhores coisas que me aconteceu foi não ter me deixado fixar em qualquer sentimento por essas pessoas. Nem ódio, nem vingança, mas tampouco perdão. Não há sentimento que se justifique contra esse tipo de ato. Há a frieza da razão”, afirmou em entrevista coletiva durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), no Rio de Janeiro.
Para a presidente, o grande problema não é o torturador, mas o sistema no qual ele está inserido. “Algumas das figuras que me torturaram não tinham nomes verdadeiros. Há elucubrações. A questão não é o torturador, ele é um agente. Mesmo ele tendo a sua responsabilidade reconhecida depois do que aconteceu no julgamento dos crimes de guerra de Nuremberg, que colocaram uma avaliação de que mesmo sendo mandado quem faz é responsável, eu não acho que seja o torturador o problema”, disse.
Segundo a presidente, o objetivo da Comissão da Verdade, criada pelo governo federal para elucidar crimes cometidos durante a ditadura, é não permitir o esquecimento desses atos. “Vingar, odiar, não são bons sentimentos para ninguém. Agora trata-se de virar a página desse País, e para isso que criamos a comissão”, afirmou ao destacar que todos os brasileiros têm o dever de não permitir que a tortura volte a ocorrer.
No último domingo, os jornais O Estado de Minas e Correio Braziliense reproduziram uma entrevista de Dilma ao Conselho de Direitos Humanos de Minas Gerais, realizada em 2001, na qual a presidente narrou as torturas que sofreu entre 1970 e 1973, quando foi detida e condenada por um tribunal militar como integrante de um grupo de esquerda que lutava contra a ditadura.
Nesta semana, o jornal Folha de S.Paulo publicou que Dilma foi monitorada por órgãos de inteligência estatal mesmo depois do fim da ditadura militar, em 1985. De acordo com documentos liberados pelo Arquivo Nacional, o Serviço Nacional de Inteligência (SNI), órgão que antecedeu a Abin, apontava Dilma como parte de uma infiltração comunista em órgãos da prefeitura de Porto Alegre e do governo do gaúcho.
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