Premiê grego busca apoio para políticas de austeridade

O primeiro-ministro grego Lucas Papademos deve se reunir neste domingo com lideranças dos três partidos da base governista, em busca de apoio para novas medidas de austeridade exigidas pelo FMI e a União Europeia. O Fundo e o bloco europeu estão dispostos a financiar o país mediterrâneo, à beira de cair num “default” (suspensão de […]

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O primeiro-ministro grego Lucas Papademos deve se reunir neste domingo com lideranças dos três partidos da base governista, em busca de apoio para novas medidas de austeridade exigidas pelo FMI e a União Europeia.

O Fundo e o bloco europeu estão dispostos a financiar o país mediterrâneo, à beira de cair num “default” (suspensão de pagamentos) desde que o país faça um ajuste severo das contas públicas.

Também demandam um acerto entre a Grécia e os seus credores privados, de modo a reduzir o montante total pela metade. Pelas últimas declarações de representantes dos bancos, é possível que um acordo nesse sentido seja anunciado ainda nesta semana.

Mas o gabinete de Papademos vem enfrentando resistências da sociedade civil organizada para levar adiante algumas reformas econômicas, consideradas necessárias para botar em ordem as finanças do país.

Recentemente, o parlamento grego rejeitou a aprovação de uma medida para a liberalização do setor farmacêutico. Ou pela redução do salário mínimo, ou a eliminação do pagamento de horas extras no setor privado.

Os três partidos governistas, entidades patronais e sindicais rechaçaram as últimas iniciativas do governo, e o próprio gabinete tem negociado com o FMI e a UE para que aceitem opções.

O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, advertiu neste domingo, em Davos, que “aqueles que põem um povo entre o dilema de optar pelo socorro financeiro e sua dignidade nacional, desprezam lições básicas da história”.

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