Prefeitura lança licitação milionária para nova concessão de ônibus em Campo Grande

Após contrato rompido com as cinco empresas que exploram o transporte público em Campo Grande, em setembro do ano passado, foi aberto ontem (21), uma licitação para definir a nova concessionária do ônibus, que irá explorar o serviço por no mínimo 20 anos. Entre outras exigências, está previsto um investimento de R$ 800 milhões ao […]

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Após contrato rompido com as cinco empresas que exploram o transporte público em Campo Grande, em setembro do ano passado, foi aberto ontem (21), uma licitação para definir a nova concessionária do ônibus, que irá explorar o serviço por no mínimo 20 anos.

Entre outras exigências, está previsto um investimento de R$ 800 milhões ao longo deste período ônibus, para a compra de 1,5 mil ônibus, sendo também o investimento de R$ 70 milhões somente nos primeiros anos da concessão, além de R$ 40 milhões em tecnologia para melhorar a eficiência do serviço.

O prazo para a entrega das propostas vai até as 14 horas do dia 14 de agosto. A expectativa dos técnicos é que entre o final de outubro e o inicio de novembro o processo esteja concluído e seja possível assinar o contrato com a nova empresa, que poderá comprar o edital ao preço de R$ 3 mil.

A proposta vencedora terá de combinar três fatores: oferecer o serviço pela menor tarifa, a melhor técnica e o maior lance da outorga onerosa, valor a ser cobrado da concessionária pelo direito de explorar o serviço de transporte coletivo urbano ao longo das duas décadas.

Atualmente, o número de ônibus circulando são 537, mas a nova empresa terá de ter 600. E a tarifa não pode superar o valor atual de R$ 2,85 e todas as gratuidades garantidas por lei serão preservadas. Atualmente são registradas por ano 70 milhões de viagens, sendo 57 milhões pagantes e 13 milhões de gratuidades.

Em entrevista, o diretor da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, afirmou que as três mil páginas do edital foram “elaboradas de forma criteriosa, com realização de consultas e audiências públicas para assegurar à sociedade a oportunidade de apresentar suas sugestões”.

Após identificar a necessidade imediata do reforço da frota para resolver problemas pontuais do serviço, o diretor da Agência de Regulação Serviços Públicos Delegados, Marcelo Amaral, explica que a empresa terá obrigatoriamente de adquirir 25 veículos articulados, 15 alongados, 15 microônibus e 18 veículos convencionais.

Na parte de tecnologia, haverá a implantação de uma central de controle operacional do sistema e a elaboração do coeficiente de integração física dos usuários. A matriz vai permitir que o município (e a própria empresa) tenha informações atualizadas sobre a demanda de usuários em cada itinerário e a necessidade da criação de novas linhas.

“Na medida em que se identifique crescimento da demanda em determinada região, de imediato a prefeitura vai determinar o reforço da frota que muitas vezes obrigará a compra de mais veículos”, explica. “A tomada de decisão deixará de ser feita por um mero achismo, mas com base na necessidade real do sistema para atender melhor o usuário”, conclui.

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