Prefeito eleito de Marília é investigado por compra de votos

A Polícia Federal de Marília (SP) instaurou nesta sexta-feira inquérito para investigar o prefeito eleito da cidade, Vinícius Camarinha (PSB). A suspeita é de compra de votos durante as eleições deste ano. De acordo com o delegado que investiga o caso, Sandro Viana dos Santos, o inquérito foi instaurado a pedido do Ministério Público Eleitoral. […]

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A Polícia Federal de Marília (SP) instaurou nesta sexta-feira inquérito para investigar o prefeito eleito da cidade, Vinícius Camarinha (PSB). A suspeita é de compra de votos durante as eleições deste ano.

De acordo com o delegado que investiga o caso, Sandro Viana dos Santos, o inquérito foi instaurado a pedido do Ministério Público Eleitoral. Do mesmo grupo político que o vereador e presidente da Câmara de Vereadores, Yoshio Takaoka (PSB) – que também é investigado pela PF pelo mesmo crime – Camarinha teria oferecido churrascos a eleitores durante a campanha.
“Nós recebemos uma requisição ministerial a respeito de festas e churrascos que envolvem o vereador Yoshio Takaoka juntamente com o então candidato Vinícius Camarinha. Há fortes indícios de compra de votos, mas isso tudo será apurado no decorrer da investigação”, explica o delegado.

Vinícius Camarinha está em seu terceiro mandato como deputado estadual e foi eleito em primeiro turno como prefeito de Marília com 61,7 mil votos, 51,78% dos votos válidos no município.

Por meio de uma nota, a assessoria de imprensa de Camarinha disse que ele não tem conhecimento do inquérito. “Mesmo assim é importante ressaltar que todas as medidas jurídicas em defesa do prefeito e vice-prefeito eleitos serão tomadas”, diz a nota. Ainda de acordo com a assessoria, a campanha do prefeito eleito e do vice-prefeito Sérgio Lopes Sobrinho foi feita “dentro de toda a legalidade e não houve nenhum evento ou ação que desrespeitasse ou infringisse a legislação eleitoral”.

Ampliando as investigações

A Polícia Federal de Marília ouviu hoje o depoimento de dois vereadores eleitos que também são suspeitos de compra de votos. Entre eles está um dos ex-prefeitos da cidade, Domingos Alcalde (PMN), eleito suplente na Câmara com 1.596 votos. O depoimento dele durou pouco mais de uma hora. Alcalde negou as acusações.

“Todos os atos que eu pratiquei na campanha estão dentro da lei eleitoral. Não cometi nada nesse sentido. Existe o inquérito, a partir daí quem vai apurar a verdade é a Justiça”, explicou. Alcalde foi indiciado pela PF por compra de votos.

Já o vereador eleito Samuel Ferreira de Menezes (PR), conhecido como Samuel da farmácia, que recebeu 2.135 votos nas últimas eleições, foi indiciado por boca-de-urna. Após cerca de 40 minutos depondo, ele se defendeu. “Eu entendo que o processo eleitoral é assim mesmo.

E no processo eleitoral há pessoas que vencem e chegam. Infelizmente as que não chegam ficam, muitas vezes, tentando conseguir uma vitória. E mais, nós confiamos na Polícia Federal, nós confiamos na Justiça e os procedimentos estão sendo feitos. Estamos confiantes. Fomos indiciados por boca-de-urna e estamos esperando o processo correr ainda”, disse.

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