Preço dos alimentos deve avançar menos este ano

O preço dos alimentos, que subiu 7,2% no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2011, deve avançar menos este ano, na opinião da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). “Os bens alimentícios (…), que possuem um peso de 23% sobre o índice total, não devem contribuir tão negativamente para […]

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O preço dos alimentos, que subiu 7,2% no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2011, deve avançar menos este ano, na opinião da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). “Os bens alimentícios (…), que possuem um peso de 23% sobre o índice total, não devem contribuir tão negativamente para a inflação esse ano”, diz a entidade, em relatório.

De acordo com a confederação, a desaceleração econômica provocada pela crise na Europa deve ser a principal responsável pelo arrefecimento dos preços. “A expectativa de manutenção de baixo crescimento da economia global – efeito da crise europeia – tende a impedir uma escalada das cotações das commodities, beneficiando principalmente os preços ao produtor e refletindo positivamente sobre a inflação no varejo”, diz a CNC.

Ainda segundo a entidade, o aperto monetário e as medidas restritivas adotadas pelo Banco Central no início do ano passado provocaram a desaceleração da atividade doméstica no segundo semestre e devem se estender nesse ritmo nos primeiros meses de 2012, mantendo os preços sob controle.

E, mesmo com a esperada recuperação da atividade econômica a partir do segundo semestre deste ano, impulsionada pela retirada das medidas restritivas e do “desaperto monetário”, a entidade não espera que a inflação siga a forte trajetória de alta vista no ano passado.

Preços de serviços

A CNC ressalta que, se por um lado, a desaceleração da economia inibe a inflação, por outro, a “rigidez” dos preços de serviços tende a impedir um arrefecimento maior dos preços.

“O crescimento da renda, com o reajuste de 14% do salário mínimo dado em janeiro de 2012, alimentará os preços de serviços em patamares elevados por mais um ano”, acredita a entidade.

Inflação em 2011

No ano passado, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), encerrou no teto da meta do governo, de 6,50%. Segundo a CNC, os preços refletiram principalmente a aceleração da economia brasileira no ano anterior e no primeiro semestre de 2011.

“O expressivo crescimento da renda, do emprego e a grande oferta de crédito provocou o descompasso entre a demanda e oferta, gerando pressões sobre os preços”, diz o relatório.

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