População fica assustada após atentado contra base da PM em Campo Grande

Moradores e comerciantes estão receiosos com as ações que vêm ocorrendo em outros locais do país e temem que Campo Grande sofra o mesmo tipo de ataque

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Moradores e comerciantes estão receiosos com as ações que vêm ocorrendo em outros locais do país e temem que Campo Grande sofra o mesmo tipo de ataque

A população da região das Moreninhas está apreensiva com possíveis ataques do PCC (Primeiro Comando Central), após terem jogado uma granada contra a base da Polícia Militar da região, que fica na rua Anacá, ontem (27) à noite. Muitos estão receiosos com as ações que vêm ocorrendo em outros locais do país e temem que Campo Grande sofra o mesmo tipo de ataque.

Algumas pessoas não quiseram se pronunciar sobre o assunto, dizendo que preferem não se comprometer. “Eu estava sentada aqui na frente, e nem vi eles jogarem a granada. Nossa, fiquei assustada. Foi a primeira vez que vi isso acontecer. Dá medo de serem criminosos de facções”, destacou Cenira da Luz Landin, 53 anos, proprietária de loja próxima à Base.

Muitos elogiaram a ação da polícia, da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros) e da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), que detonou no local o artefato, já que seria arriscado removê-lo por estar sem o lacre.

“Foi um serviço bem feito. Eles mandaram fechar todas as portas, isolaram a rua”, contou uma moradora. “Saí para ir à igreja na hora em que aconteceu o atentado. Mas quando voltei não pude entrar na minha residência. A rua ficou toda interditada e tive que ficar esperando aqui na rua”, destacou o cabeleireiro, Diogo Guedes, de 28 anos. A proprietária do estabelecimento comercial, Eliana Oliveira, de 35 anos, já tinha fechado, mas o assunto do dia na região é a granada.

“Só hoje de manhã quando abri a loja fiquei sabendo o que aconteceu ontem. Estou até com medo. Acho que é represália dos traficantes, tudo faz parte do PCC. Deve ser represália porque teve uma operação aqui recentemente”, destacou

De acordo com o sargento da PM, Edmilson Guimarães, há equipes na rua apurando o caso e mais informações serão repassadas posteriormente. A princípio, a Polícia Militar prefere não relacionar o caso com possíveis ataques ou com a operação que ocorreu recentemente.

Suspeitas

O comentário geral da população está na motivação ser de possíveis ataques de facções criminosas, ou retaliação devido a Operação Varejo deflagrada na região das Moreninhas e entorno, que resultou na prisão de oito pessoas, apreensão de um adolescente, dinheiro e drogas.

 

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