PF deflagra operação para combater o tráfico de aves silvestres e exóticas

Em Mato Grosso do Sul, as ações se concentram em Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá, sendo que na última cidade a intenção é cumprir dois mandados de prisão preventiva

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Em Mato Grosso do Sul, as ações se concentram em Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá, sendo que na última cidade a intenção é cumprir dois mandados de prisão preventiva

Deflagrada às 5h30 desta segunda-feira (2), a Operação Estalo da PF (Polícia Federal) pretende combater o tráfico de aves silvestres e exóticas.

Em Mato Grosso do Sul, as ações se concentram em Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá, sendo que na última cidade a intenção é cumprir dois mandados de prisão preventiva.

A operação também acontece nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Amazonas, Santa Catarina, Roraima e Distrito Federal.

Ao todo, a intenção é cumprir 20 mandados de prisão preventiva, dois temporários, sete conduções coercitivas (pessoa é obrigada a comparecer a delegacia para prestar depoimento) e 33 mandados de busca e apreensão.

Segundo a assessoria da Polícia Federal, o início das investigações se deu em Pernambuco, por meio do MPF (Ministério Público Federal) da cidade. Hoje, o intuito é identificar associações criminosas que atuam no tráfico de aves oriundas das selvas do Peru, Equador e Venezuela.

No ano passado, segundo a PF, mais de 12 mil canários nas rodovias e aeroportos dos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Distrito Federal, Ceará, Pernambuco e Amazonas foram apreendidos.

Outra operação

Em 30 de junho de 2011, o inquérito que apurava o maior esquema de tráfico de aves no Brasil foi concluído, durante a Operação São Francisco da PF, com o indiciamento de 31 pessoas. As prisões foram efetuadas em várias cidades do Paraná. Segundo as investigações, o grupo movimentava R$ 5 milhões por ano com a venda de pássaros ao exterior.

O ‘esquema’ funcionava com a ajuda de funcionários públicos do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e da Assembleia Legislativa, além de um ex-comandante do Batalhão de Polícia Ambiental do Paraná, a Força Verde.

Na época, as 2.559 aves apreendidas com os criadores permaneceram em um centro de apoio, recebendo tratamento para serem encaminhados a zoológicos e criadores autorizados pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente).

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