Orla Ferroviária traz esperança a comerciantes da Calógeras

A demolição de alguns comércios da avenida Calógeras, para a continuidade das obras da Orla Ferroviária começaram nesta quinta-feira (29). Esperançosos, os comerciantes da região acreditam que o novo projeto resultará em mais movimento de clientes, vendas e segurança, já que o local já era considerado “morto e ponto de venda de drogas”. “Desde que […]

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A demolição de alguns comércios da avenida Calógeras, para a continuidade das obras da Orla Ferroviária começaram nesta quinta-feira (29). Esperançosos, os comerciantes da região acreditam que o novo projeto resultará em mais movimento de clientes, vendas e segurança, já que o local já era considerado “morto e ponto de venda de drogas”.

“Desde que tomamos conhecimento do projeto de revitalização do centro, temos esperança de coisas positivas, já que passamos por fases difíceis, como enchentes, insegurança e assaltos. Fiquei também contente ao saber que terá uma praça de alimentação, com a presença dos ‘dogueiros’ que estavam na avenida Afonso Pena”, afirma o empresário Odimar Siqueira, 49 anos.

Mais conhecido como Dimas pelos colegas da região, o empresário conta que seu pai comprou a loja há 50 anos, mas que o comércio de selaria e venda de artigos de couro já existe há 70 anos.

“Todas as lojas dessa avenida são históricas e por isso a prefeitura preservou a minha, além de deslocar um sapateiro e o outro proprietário, que saiu por vontade própria. E nós fizemos um grande investimento, para reformar a estrutura e a laje, então esperamos que a reforma traga inúmeros benefícios”, conta o empresário Odimar.

Projeto

A Orla Ferroviária começou a ser executada no dia 24 de fevereiro deste ano, quando entidades do comércio, lojistas e proprietários de imóveis da avenida Calógeras, que têm divisa com a linha férrea, debateram a implementação de ações e incentivos para que a área se transforme em um pólo cultural.

Segundo a Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), a região irá integrar um novo circuito de gastronomia e de lazer cultural para o campo-grandense e turistas, com a ligação da Orla Ferroviária ao Horto Florestal, passando pelo Mercado Municipal e Rua 7 de Setembro, até a Orla Morena, atravessando o Centro de Belas Artes e a Estação Ferroviária.

Segundo a prefeitura, o projeto prevê cerca de 900 metros de novo uso do espaço do leito da ferrovia no trecho da Avenida Afonso Pena, a partir da Morada dos Baís, até a Avenida Mato Grosso com a construção de um calçadão com piso tátil, equipamentos de lazer e descanso, bancos, praça, área para atrações culturais, ciclovia, paisagismo e iluminação, sem acesso a veículos.

Ao longo desta área, hoje degradada, a intenção é criar novas formas de ocupação. Alguns imóveis serão demolidos e outros, com relevância histórica e arquitetônica, deverão ser preservados e poderão, por exemplo, abrigar atividades que tenham relação com a cultura ou a culinária regional.

Recursos

A Orla Ferroviária, com investimentos na ordem de R$ 3.9 milhões, é uma estratégia de valorização do espaço público e de animação cultural da cidade, proposto pelo Plano de Revitalização do Centro, já transformado em Lei.

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