No debate, candidatos assinam documento prometendo só ficha limpa no secretariado
Evento foi marcado pela apresentação de propostas e poucas provocações. Ao final, um documento de propostas foi encaminhado pela Arquidiocese de Campo Grande para compromisso dos candidatos
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Evento foi marcado pela apresentação de propostas e poucas provocações. Ao final, um documento de propostas foi encaminhado pela Arquidiocese de Campo Grande para compromisso dos candidatos
Promovido pela UCDB e Arquidiocese de Campo Grande, o debate desta segunda-feira (24) entre os sete candidatos a prefeito da Capital foi marcado pela apresentação de propostas e poucas provocações. A novidade foi a assinatura de termo de iniciativa, que inclui a promessa de só ter secretário ficha limpa na próxima administração da cidade.
No primeiro bloco, os postulantes apresentaram seus perfis e relembraram como foi o processo de escolha dos seus nomes para concorrer à Prefeitura de Campo Grande, maior colégio eleitoral do Estado.
Na sequência, cada candidato apresentou suas principais propostas. Sidney Melo (PSOL) prometeu empenho para humanizar o atendimento na saúde e se comprometeu a democratizar a administração municipal.
Reinaldo Azambuja (PSDB) também classificou a saúde como “eixo principal de sua gestão”. Além disso, garantiu trabalhar para ampliar o número de Ceinfs e de escolas integrais, humanizar o trânsito para reduzir acidentes e ainda informou criar a Secretaria de Assistência Social e Família.
Marcelo Bluma (PV) destacou trabalhar para democratizar a prefeitura, transformar Campo Grande mais solidária e próspera, com incentivo à economia criativa. Alcides Bernal (PP) prometeu uma administração participativa e obras eficientes, além atendimento de qualidade na saúde e geração de emprego e renda.
Edson Giroto (PMDB) se comprometeu a proteger a família e atuar pela qualidade de vida das pessoas. Vander Loubet (PT) frisou estar “alinhado com as ações da presidente Dilma Rousseff”, assegurou descentralizar a administração e reduzir as tarifas do transporte coletivo e congelar o IPTU por dois anos.
Rodada de perguntas
No segundo bloco do debate, iniciou a rodada de perguntas. Na ocasião, Giroto prometeu combater a violência nas instituições de ensino com mais escolas integrais e parcerias com as igrejas. Bernal disse que o transporte público na Capital é um dos mais caros do Brasil por conta de mau planejamento e prometeu aumentar a oferta de ônibus em regiões universitárias.
Na segunda rodada de perguntas, Sidney Melo foi o primeiro a responder indagação sobre proposta para a comunidade indígena. De forma geral, ele se comprometeu a “respeitar a cultura” e seguir seus parâmetros em todos os incentivos e investimentos para melhorar a vida dos índios.
Questionado sobre infraestrutura e zona rural, Giroto garantiu “dar condições de produzir, com assistência técnica para trazer produtos agrícolas para a merenda escolar”. Também prometeu construir “barracão para comercializar produtos rurais na cidade e oferecer cursos de qualificação”.
Na sequência, Bernal se mostrou pronto a assegurar capacitação aos servidores públicos e “aprovar plano de cargos e carreira” e garantiu que quem “quiser se qualificar terá incentivo” da administração municipal.
Indagado sobre assaltos e furtos nas universidades, Suél Ferranti (PSTU) frisou que “segurança é responsabilidade do Estado e da União”. Ele ainda disse que o problema é “fruto do desemprego”. “Então, a meta é gerar trabalho e investir em educação”, frisou.
Em resposta a pergunta sobre transparência, Vander declarou que em sua administração “todas as licitações serão feitas por pregões e transmitidas online”. Também prometeu criar comissão tripartite para acompanhar o processo.
Sobre políticas públicas para a juventude, Bluma garantiu dar “oportunidade de trabalho aos jovens, pela economia criativa”.
Reinaldo, questionado sobre atenção básica à saúde, destacou ser sua “prioridade dobrar as equipes de Saúde da Família”. Segundo ele, hoje Campo Grande só atende 30% da população com o programa, menor índice de cobertura entre as capitais. “Nossa proposta é levar para pelo menos 60% da população”, se comprometeu.
Carta de iniciativa
Representando a UCDB e a Arquidiocese de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa apresentou aos sete candidatos carta de iniciativa, com comprometimento para tocar a próxima administração “com ética”, incluindo só ficha limpa no secretariado e o portal da transparência.
O documento também pede a defesa da vida, reconhecimento da dignidade humana, criação de políticas públicas para amparo das famílias, atenção aos povos indígenas, construção do pronto socorro municipal, programas para dependentes químicos e para utilização de alimentos na merenda escolar.
Além disso, a carta garante políticas públicas específicas para a juventude, abordando profissionalização, esporte, lazer e cultura e ampliação das redes de escola integral. Todos os candidatos assinaram o documento.
Considerações finais
Nas considerações finais, Sidney disse que “não da para fazer política do mais do mesmo”. Reinaldo prometeu atendimento digno às pessoas, trânsito com menos mortes, acabar com indústria da multa, inclusão social por meio da educação e com planejamento estratégico, organizando as obras. Para finalizar, defendeu o voto limpo e ético.
Bluma destacou que a candidatura do PV “é uma caminhada importante para o partido por entender a necessidade de renovação em Campo Grande a fim de avançar para outro caminho, com novas propostas e novas práticas de gestão”.
Bernal finalizou defendendo a ética e respeito ao semelhante. “Campo Grande precisa de mudança, a administração tem seu méritos, mas deixou de tratar as pessoas”, acrescentou.
Suél lembrou que entre os sete candidatos, cinco são parlamentares e “não apresentaram nenhum projeto com essas propostas (citadas) enquanto detentores de mandato” e criticou quem caminhou ao lado do PMDB durante anos e agora se classifica como oposição. “É incoerência”, comentou.
Giroto concluiu defendendo a família integra para acabar com a delinqüência e repetiu criar o maior programa social em defesa da família e da vida. Vander reforçou estar alinhado ao Governo Federal. “Nós somos a mudança de verdade, por nossa história e pelo nosso comportamento”, finalizou.
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