Negociações para libertar brasileiras sequestradas no Egito já começaram, diz Itamaraty

O Palácio do Itamaraty, em Brasília, informou que já estão em curso as negociações entre o Ministério do Interior, no Egito, a embaixada do Brasil no Cairo e um grupo de beduínos pela libertação de duas turistas brasileiras sequestradas neste domingo (18) na península do Sinai. Segundo a assessoria do Ministério das Relações Exteriores, as […]

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O Palácio do Itamaraty, em Brasília, informou que já estão em curso as negociações entre o Ministério do Interior, no Egito, a embaixada do Brasil no Cairo e um grupo de beduínos pela libertação de duas turistas brasileiras sequestradas neste domingo (18) na península do Sinai.
Segundo a assessoria do Ministério das Relações Exteriores, as duas mulheres integravam um ônibus de excursão em que estavam cerca de 45 brasileiros. Eles retornavam de uma visita ao mosteiro histórico de Santa Catarina, no sudeste do Sinai, quando os beduínos anunciaram o sequestro e interceptaram o veículo. Um guia local que estava com os brasileiros também foi levado pelos sequestradores.
De acordo com o ministério, não há ainda informações sobre qual Estado são as sequestradas, nem de quais cidades brasileiras são os integrantes do grupo. O órgão informou, no entanto, que as autoridades egípcias dizem que os demais ocupantes do ônibus estão fora de perigo.
Fontes oficiais apresentaram informações conflitantes sobre a idade das vítimas. Uma informação preliminar afirmava que as duas eram adolescentes, mas um policial disse que uma tem 18 anos, e, a outra, 40.
As forças de segurança não conseguiram estabelecer contato até o momento com os sequestradores para descobrir suas exigências, mas acreditam que os criminosos desejam a libertação de outros beduínos detidos para liberar as turistas.
De acordo com uma fonte policial, um dos sequestradores é o pai de um homem condenado por tráfico de drogas e posse de armas. Ele espera obter a libertação do filho em troca das reféns.
Uma fonte informou preliminarmente que dois beduínos armados haviam parado um ônibus com turistas e sequestraram as brasileiras e o guia, antes de abandonar o local em direção às montanhas.
Histórico de sequestros
Em fevereiro, beduínos sequestraram três turistas sul-coreanos na mesma região, pouco depois de um crime similar contra duas americanas e um guia egípcio, com a exigência de libertação de companheiros detidos.
Os turistas e o guia foram libertados rapidamente e sem ferimentos, assim como 25 trabalhadores chineses que haviam sido sequestrados em janeiro.
A pouco habitada região abriga a maioria dos resorts egípcios, ao mesmo tempo que é o local de moradia de grande parte da população beduína pobre.
Desde a revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak ano passado, a região do Sinai se tornou uma área ainda mais violenta, com ataques a delegacias de polícia e explosões frequentes contra oleodutos que levam gás ao vizinho Israel.

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