O órgão deixou claro que não houve, em nenhum momento, omissão da Assistência Social da prefeitura, vigilância Sanitária e nem mesmo do CCZ (Controle de Zoonozes), que fizeram seus relatórios com detalhamento da situação da idosa.

Ciente da situação da idosa Dinorah Rodrigues Marlin, 76 anos, o Ministério Público Estadual explica que a denúncia das condições desumanas em que ela vive é antiga e que nada pode ser feito para a sua retirada, já que ela não aceita sair do local onde vive há exatamente 40 anos.

Em nota de esclarecimento, o órgão afirma que tomou conhecimento da situação daquele ambiente há um ano, por meio da Promotoria do Meio Ambiente. Em uma primeira visita, a informação seria da situação dos animais e do ambiente sujo, mas, ao chegar a casa, na rua José Paes Lemes de Farias, na Vila Jacy, em Campo Grande, a equipe viu que o mais importante a ser feito era a retirada da idosa e familiares do local, algo que ela jamais aceitou.

A denúncia então foi repassada a 44ª Promotoria do Idoso, aos cuidados da promotora Cristiane Rizkallah. Em maio deste ano ocorreu uma nova visita e mais uma vez dona Dinorah, lúcida e em boas condições de saúde, segundo o MPE/MS, não permitiu qualquer interferência na sua vida pessoal.

O órgão afirmou ainda deixar claro que não houve, em nenhum momento, omissão da Assistência Social da prefeitura, vigilância Sanitária e nem mesmo do CCZ (Controle de Zoonozes), que fizeram seus relatórios com detalhamento da situação da idosa.

Em entrevista ao Midiamax ontem (23), a idosa garantiu não querer sair do casebre, primeiro local onde se fixou com o marido no ano de 1972, em Campo Grande. Para ela, é normal conviver em meio aos animais e a sujeira acumulada, dizendo ainda que as galinhas estão sempre por perto porque fazem parte do seu sustento.

Mídia Social

Sensibilizado com a história da idosa, o funcionário público Júlio César Alhende da Costa, 23 anos, afirma que irá pedir doações para dona Dinorah, por meio do Facebook.

“Vi a matéria no Midiamax e pensei em ligar para amigos e pedir doações pela internet. Quero levar a ela, ainda neste final de semana, alimentos, roupas e o que mais conseguir de ajuda”, garante o funcionário público.