Movimento de insatisfeitos pode entregar ao PT cargo do PR na Assembleia
Movimento de partidos com um deputado só vem ganhando força na Assembleia Legislativa e pode acabar entregando ao PT a primeira secretaria, segundo cargo mais importante da Mesa Diretora. A oferta ocorreria para tirar os petistas do bloco formado com PMDB e PR e garantir a maioria na votação do novo comando da Casa de […]
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Movimento de partidos com um deputado só vem ganhando força na Assembleia Legislativa e pode acabar entregando ao PT a primeira secretaria, segundo cargo mais importante da Mesa Diretora. A oferta ocorreria para tirar os petistas do bloco formado com PMDB e PR e garantir a maioria na votação do novo comando da Casa de Leis.
Hoje, acordo dos três partidos garante a eles os quatro principais cargos da Mesa Diretora. O PMDB conta a presidência e a primeira vice-presidência; o PR detém a primeira secretaria e o PT a segunda.
A permanência de Jerson Domingos (PMDB) no comando da Assembleia é consenso, mas incomoda os parlamentares a continuidade do PR, que nem bancada tem, na primeira secretaria. “Eles já ficaram dois anos no cargo e não tem justificativa para ficar mais dois anos”, comentou o deputado cabo Almi (PT).
A insatisfação parte principalmente de seis partidos com um só deputado na Casa de Leis. Sem bancada, eles não têm participação marcante na Mesa Diretora. Por isso, o plano seria se unir aos petistas para ficar com a segunda secretaria, hoje ocupada pelo PT.
No comando das articulações, estão os deputados Lauro Davi (PSB) e Felipe Orro (PDT). Eles destacam contar com o apoio de pelos menos 11 dos 24 parlamentares contra cinco deputados do PMDB, três do PR e Márcio Fernandes (PTdoB), fiel aliado do governador André Puccinelli (PMDB), que apoiaria a permanência do PR na primeira secretaria.
PSDB, fiel da balança
Neste caso, faz a diferença o voto da bancada tucana, que viu estremecer sua relação com os governistas por conta do fim da aliança com o PMDB em Campo Grande. Bastaria rachar o voto dos quatro parlamentares do PSDB para vencer a disputa com os aliados de Puccinelli.
Cotado para concorrer à primeira secretaria, o deputado Pedro Kemp admite interesse em ocupar o cargo, mas alerta sobre o poder do fogo do governo na votação. “Em outras ocasiões, tentamos conquistar a primeira secretaria, mas entra a mão do governo e no máximo conseguimos a segunda secretaria”, comentou Kemp.
Cabo Almi comemora a possibilidade, mas também teme prejuízos ao PT com o eventual recuou dos nanicos. “O que não podemos é cair em um balão de ensaio”, ponderou.
Para ele, as coisas vão clarear na próxima terça-feira (27), em reunião agendada pelos governistas para discutir a composição da Mesa Diretora. “Vamos aguardar para ouvir o que eles têm para nos dizer”, disse. A eleição está marcada para 18 de dezembro.
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