Morales nacionaliza empresas de energia espanholas com filiais na Bolívia

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou ontem (29) a nacionalização de filiais das distribuidoras espanholas de energia, localizadas em La Paz e Oruro. As companhias são a Electropaz, de energia elétrica, e a Empresa Força e Luz de Oruro (Elfeo), subsidiária da empresa espanhola Iberdrola. “[Estamos promovendo] o direito dos cidadãos vivendo em áreas […]

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou ontem (29) a nacionalização de filiais das distribuidoras espanholas de energia, localizadas em La Paz e Oruro. As companhias são a Electropaz, de energia elétrica, e a Empresa Força e Luz de Oruro (Elfeo), subsidiária da empresa espanhola Iberdrola. “[Estamos promovendo] o direito dos cidadãos vivendo em áreas rurais, salvaguardando a sua economia”, disse.

De acordo com o presidente, o objetivo é garantir o abastecimento e a cobrança de formas igualitárias na Bolívia.”Fomos obrigados a dar esse passo para as taxas de serviços elétricos serem equitativa nos departamentos de La Paz e Oruro e que a qualidade de serviço de energia elétrica seja uniforme em áreas rurais e urbanas”, disse Morales.

Morales assinou ontem o decreto de nacionalização das duas empresas. Segundo o texto, as ações serão assumidas pela Empresa Nacional de Eletricidade da Bolívia (Ende). Pelo decreto, haverá uma compensação para a empresa espanhola.

A avaliação que vai gerar a compensação será feita por uma “empresa independente no prazo de 180 dias.” O pagamento será feito no território bolivano em moeda nacional à taxa de câmbio oficial.

Segundo integrantes do governo da Bolívia, haverá uma compensação justa para a empresa espanhola Iberdrola. O vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, o governo “não vai agir arbitrariamente “.

“Esperamos que, nos próximos meses, por meio do diálogo e de relatórios técnicos, independentes e precisos, encontrar uma solução negociada com a empresa antiga proprietária Electropaz e não haver problema algum”, disse Linera.

A decisão de nacionalizar as empresas, segundo o presidente, foi baseada em estudos de campo que demonstraram a existência de uma grande diferença entre as tarifas de eletricidade em áreas rurais e urbanas.

Em 2010, o governo boliviano nacionalizou as ações de quatro empresas de geração de energia, incluindo duas subsidiárias da GDF Suez da França e da Grã-Bretanha Rurelec, para acelerar a entrega de serviços para diferentes regiões do país.

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