A Comissão de Ética Pública da Presidência da República pediu ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, mais informações sobre as consultorias que ele prestou entre 2009 e 2010. O relator do caso, Fábio Coutinho, tinha sugerido uma advertência ao ministro, mas teve sua proposta rejeitada pela maioria da comissão, que, pela terceira vez, pediu mais detalhes acerca dos contratos de consultoria do ministro.

De acordo com o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, o relator só teve apoio da conselheira Marilia Muricy, que acompanhou o relator na orientação de advertir o ministro –proposta que foi derrotada pelos outros quatro integrantes da comissão.

Ainda segundo o presidente da comissão, também é preciso definir o prazo que Pimentel terá para entregar mais detalhes acerca dos contratos de consultoria. Um pedido semelhante será feito à Federação das Indústrias de Minas Gerais para se ter, segundo Pertence, a dimensão exata do “encerramento das relações contratuais” entre Pimentel e a federação e outras empresas, o que poderia ser indicado como tráfico de influência.

Na reunião desta segunda-feira (11), a comissão definiu também um novo relator, Américo Lacombe, para o caso da carona que Pimentel pegou em um jatinho pago por um empresário para participar de um evento na Europa. O ministro terá o prazo de dez dias para prestar informações sobre esse procedimento, que não é recomendável a pessoas em cargos eletivos, servidores públicos e ministros.

A próxima reunião será no dia 2 de julho.