Ministério da Saúde pede investigação de ex-assessor

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, convocou a imprensa, neste sábado (31), para esclarecer denúncias feitas pela edição desta semana da revista Veja. De acordo com a publicação, Edson Pereira de Oliveira, amigo e ex-assessor do ministro, recebeu propina de deputados para facilitar a nomeação de pessoas indicadas por eles para a direção de hospitais […]

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, convocou a imprensa, neste sábado (31), para esclarecer denúncias feitas pela edição desta semana da revista Veja. De acordo com a publicação, Edson Pereira de Oliveira, amigo e ex-assessor do ministro, recebeu propina de deputados para facilitar a nomeação de pessoas indicadas por eles para a direção de hospitais federais do Rio de Janeiro.

Edson Oliveira era responsável por representar o Ministério da Saúde no Congresso Nacional. Segundo a revista, em 2011, o assessor ficou amigo do então deputado federal Cristiano (PTdoB-RJ), que o ajudou a pagar uma dívida de campanha contraída quando Oliveira foi candidato a prefeito de Ibititá (BA).

O valor de R$ 200.000 teria sido pago por empregados de uma empresa farmacêutica que recebeu R$ 3,8 milhões da União desde 2009, em contratos fechados também com hospitais federais do Rio. O ex-assessor relata à revista que, após o pagamento, passou a ser pressionado por Cristiano e pelos deputados federais Nelson Bornier (PMDB), Marcelo Matos (PDT) e Aureo (PRTB), que apresentavam lista de indicados para os hospitais federais.

Segundo seu relato à Veja, os parlamentares tentavam “manter no governo Dilma o mesmo esquema de desvio de recursos que havia antes”. O esquema, segundo a publicação, era chefiado pelo PMDB, quando comandava a rede hospitalar federal do Estado. Edson Oliveira garante também que o ministro da Saúde não sabia do esquema.

Em coletiva à imprensa neste sábado, Alexandre Padilha afirmou que, assim que soube das denúncias pela revista, na última segunda-feira (26), solicitou formalmente que a Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União) apurassem os fatos e abriu um procedimento interno contra o ex-assessor.

– Consideramos o fato revelado na matéria extremamente grave e se associa a outros [fatos] graves que o Ministério da Saúde detectou desde que começou o processo de reestruturação administrativas dos hospitais federais do Rio, em fevereiro de 2011. Iniciamos conjunto de auditorias desde abril, em parceria com a CGU e o Ministério da Justiça, pela Polícia Federal.

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