Milhares de gregos começam a se manifestar contra austeridade

Milhares de manifestantes se reuniam na tarde deste domingo em frente ao Parlamento grego, no centro de Atenas, para protestar contra o projeto de orçamento austero de 2013, horas antes de ele ser votado pelos parlamentares. Segundo a polícia, 15.000 pessoas participavam de duas manifestações distintas. As principais centrais sindicais do setor privado (GSEE) e […]

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Milhares de manifestantes se reuniam na tarde deste domingo em frente ao Parlamento grego, no centro de Atenas, para protestar contra o projeto de orçamento austero de 2013, horas antes de ele ser votado pelos parlamentares. Segundo a polícia, 15.000 pessoas participavam de duas manifestações distintas. As principais centrais sindicais do setor privado (GSEE) e do público (Adedy) se reuniram às 15H00 GMT (13H00 de Brasília) na praça Sintagma, palco de manifestações desde 2010 contra os sucessivos programas de austeridade exigidos pela UE e o FMI para injetar dinheiro e evitar que a Grécia suspenda seus pagamentos. “Detenhamos a catástrofe, organizemos a queda” do governo, dizia um cartaz do principal partido opositor, o esquerdista Syriza.

A outra manifestação, organizada pela Frente de Luta dos Trabalhadores, próxima aos comunistas, tinha previsto se unir a dos sindicatos. Sob pressão dos credores da Grécia, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), os deputados gregos se pronunciam na noite deste domingo sobre o austero orçamento para 2013. O debate dos 300 deputados sobre o polêmico projeto de orçamento, que prevê um corte de 9 bilhões de euros para 2013 e uma nova contração do PIB, pelo sexto ano consecutivo, de 4,5% será concluido com a votação prevista para meia-noite.

O país está imerso em uma recessão e parece estar em queda livre para uma depressão: desde 2008 o PIB caiu cerca de 22% e apenas este ano espera-se um recuo de 7%. Para as autoridades gregas é cada vez mais difícil impor cortes e ajustes em meio a uma crescente indignação social, que se estende como barril de pólvora nos países que mais sofreram o impacto da deterioração da crise da dívida, a pior desde o surgimento da União Europeia.

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