Médico que fez 1º atendimento a estudante morta proibiu dipirona em prontuário

O Ministério Público Estadual começou a ouvir as testemunhas do caso e CRM (Conselho Regional Medicina) só irá se pronunciar após ser acionado

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O Ministério Público Estadual começou a ouvir as testemunhas do caso e CRM (Conselho Regional Medicina) só irá se pronunciar após ser acionado

O promotor da 2ª promotoria de Justiça de Bonito, Luciano Furtado Loubet, informou que o MPE (Ministério Público Estadual) já esta ouvindo as testemunhas sobre a morte da estudante Letícia Gottardi, 20, ocorrida no último sábado (7). O médico que fez o primeiro e o último atendimento da jovem, Iber Gomes Sá Neto, afirmou que quando a estudante deu entrada no hospital, ele fez a anotação no prontuário sobre a restrição ao medicamento. A família afirma que a causa da morte tem relação com a administração de dipirona, elemento ao qual Letícia era alérgica.

Segundo o promotor, geralmente o que se faz nesses casos é apurar as responsabilidades de cada um dos envolvidos no crime de homicídio culposo, já que não há nada que o MPE possa fazer de forma genérica, no caso de erro médico. “A família da moça procurou o Ministério Público e até o momento já tomamos o depoimento do sogro da vítima e da auxiliar de enfermagem. Mas como esse é um caso pontual, vamos apurar a responsabilidade de cada um dos envolvidos”, afirmou.

Iber disse que quando a jovem chegou ao hospital a situação dela era muito grave e não tinha nada a ver com o quadro em que ela se apresentou, em um primeiro momento. “Na primeira entrada dela às 17h, não tinha nada que pudesse evoluir para a situação em que ela chegou posteriormente aqui. Estava toda roxa, com falência múltipla dos órgãos. Entubei, fiz todos os procedimentos de praxe, dei adrenalina, drenei a água dos pulmões, mas ela não resistiu, porque o estado era muito grave”, declarou.

O CRM (Conselho Regional de Medicina) disse que não tem conhecimento sobre o fato e que só vai se pronunciar após ser acionado pela família da vítima ou pelo Ministério Público.

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