Mãe de menino torturado presta depoimento e fala que não sabia das agressões

Em um depoimento que durou mais de duas horas na Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente), a mãe do menino de quatro anos e sete meses, agredido pelo padastro há pelo menos 40 dias, mais uma vez garantiu não saber das agressões sofridas pelo filho. Na sua casa, enquanto dormia, o […]

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Em um depoimento que durou mais de duas horas na Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente), a mãe do menino de quatro anos e sete meses, agredido pelo padastro há pelo menos 40 dias, mais uma vez garantiu não saber das agressões sofridas pelo filho.

Na sua casa, enquanto dormia, o menino viva momentos de terror ao lado do agressor. “Para nós ficou claro que a mãe não sabia das agressões. Ele planejava a ação, sabia que a mãe tinha o sono pesado e o trancava no banheiro, esperando o momento certo para começar as torturas”, diz a delegada Regina Márcia de Brito, responsável pelas investigações.

Assim que a mulher dormia o agressor então ligava o som e torturava o menino. “Ele era dissimulado e depois ordenava o garoto para ir dormir sem chorar. Já no outro dia o tratava normalmente, chamando de filho e agindo como se nada tivesse acontecido”, comenta a delegada titular da Depca.

Ao ver o filho machucado, a delegada disse que a mãe perguntava sobre os hematomas, tendo sempre como resposta do menino que aquilo era proveniente de uma queda ou outro machucado na escola.

Já em setembro deste ano, quando apareceu com hematomas nos olhos, proveniente das agressões do padastro, o menino de quatro anos já vinha sendo observado por seus professores, que denunciaram o caso ao Conselho Tutelar.

”As professoras o menino também dizia que não era nada, que tinha machucado. Mas os profissionais da escola e o Conselho Tutelar já acompanhavam o caso”, fala a delegada.

O autor será transferido para o Petran (Presídio de Trânsito) ainda nesta terça-feira (6). Ele será indiciado por estupro de vulnerável e tortura. Já a vítima permanece internada em estado estável na Santa Casa. A delegada diz que ele passará por atendimento psicológico assim que finalizar o tratamento.

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