Lideranças indígenas acreditam em avanços nas negociações para fim de conflitos

Para as lideranças indígenas que acompanham a reunião com a comissão da Presidência da República na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nesta manhã, as negociações para o fim dos conflitos tem avançado com a presença do Governo Federal. Porém, os índios reclamam que ainda tem poucos representantes nestas discussões. Ricardo Guarani, que representa […]

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Para as lideranças indígenas que acompanham a reunião com a comissão da Presidência da República na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nesta manhã, as negociações para o fim dos conflitos tem avançado com a presença do Governo Federal. Porém, os índios reclamam que ainda tem poucos representantes nestas discussões.

Ricardo Guarani, que representa os povos da etnia Guarani-Kaiowá, acredita que houve evolução para que os indígenas retornem as áreas demarcadas. “Temos condições de lidar, só falta nos darem as terras”, afirmou.

Participam da mesa de debates diversas lideranças indígenas, além da bancada estadual e federal, e representantes dos produtores rurais. “Há 10 anos ocupamos e lutamos por uma aera de 17 mil hectares na região entre Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. Esperamos que a mobilização dê resultado”, comentou Daniel Campos Filho, líder Terena do acampamento Córrego do Meio, onde moram cerca de 10 mil indígenas.

Para o presidente estadual de Direito das Comunidades Indígenas, Danilo de Oliveira, a negociação é válida, mas os índios devem ter autonomia. “Temos os órgãos de proteção, mas eles não podem falar por nós. Não precisamos de interlocutores”, afirmou.

A vinda da comissão da Presidência da República pretende por fim no conflito entre indígenas e produtores por terra. Uma das propostas é a criação de um fundo de R$ 100 milhões para a indenização aos produtores.

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